Primeira vítima identificada no rompimento da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Marcelle Porto Cangussu será velada em Belo Horizonte. A cerimônia fúnebre ocorrerá a partir das 20h no Funeral House, localizado no bairro Funcionários, região Centro-Sul da capital. O horário do sepultamento ainda não foi definido.
Marcelle tinha 35 anos e há cinco trabalhava como médica do trabalho na mineradora Vale. Ela estava na sede da empresa em Brumadinho quando o reservatório de minério de ferro rompeu despejando mais de aproximadamente 13 milhões de metros cúbicos. Até o momento, as Forças Integradas de Segurança de Minas confirmam as mortes de 11 pessoas. O número, porém, pode ser ainda maior. No total, 296 pessoas estão desaparecidas.
Os corpos dos mortos foram levados para o Instituto Médico-Legal (IML) da capital. Foi lá que os familiares de Marcelle fizeram a identificação dos restos mortais dela. "Nosso 'passarinzim' voou (...) O carinho que todos me conforta na distância mas o coração chora. Não vestirei luto. Para ela minha homenagem é vestir branco", declarou a irmã da médica, Larissa Porto Cangussu.
Homenagem prestada pela irmã da vítima
Conforme a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) e a Associação Mineira de Medicina do Trabalho (AMIMT), Marcelle tornou-se médica do trabalho em 2015. Ela havia se formado na Universidade Federal de Minas (UFMG). Em nota, os dois órgãos lamentaram a trágica morte e prestaram condolências aos familiares.
"Nós, como Médicos do Trabalho, sabemos a importância de atuar sempre de acordo com os mais elevados requisitos de segurança, já que é um direito fundamental do trabalhador voltar para a sua casa e para sua família após um dia de trabalho. E esperamos que as instituições nas quais atuamos tenham o mesmo comprometimento", diz outro trecho do comunicado.
Vale
A Vale informou, em nota, que lamenta profundamente o acidente e garantiu que está empenhada em prestar socorro e apoio aos atingidos. "A prioridade máxima da empresa, neste momento, é apoiar nos resgates para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados, próprios e terceiros, e das comunidades locais".
Leia mais:
Família confirma morte de médica da Vale; corpo está no IML