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Vale do Rio Doce

Médica que não aplicou soro em criança picada por escorpião é indiciada por homicídio culposo em MG

Menino de 4 anos morreu após ser liberado de hospital em Itanhomi, no Vale do Rio Doce

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 18/06/2025 às 11:42.Atualizado em 18/06/2025 às 11:52.

Uma médica de 45 anos foi indiciada por homicídio culposo após não aplicar soro antiescorpiônico em uma criança de 4 anos, que foi picada por um escorpião em Itanhomi, no Vale do Rio Doce. As investigações foram concluídas na terça (17), mas as informações foram divulgadas nesta quarta-feira (18). 

Segundo a polícia, o caso ocorreu em 16 de setembro de 2023, ocasião em que a criança deu entrada no hospital após ter sido picada por um escorpião. O menino foi medicado, mas não recebeu o soro antiescorpiônico, mesmo diante dos sintomas e da recomendação de outros profissionais de saúde, sendo que o antídoto estava disponível na unidade.

Conforme apurado, a médica optou por manter o paciente em observação e, em seguida, liberá-lo.

Por sugestão de outra profissional do hospital, a família decidiu levar a criança para Governador Valadares, município a 54 quilômetros de distância. A vítima foi encaminhada à UTI pediátrica, mas não resistiu e faleceu no dia seguinte.

Após instaurar inquérito, a Polícia Civil realizou oitivas, perícias, coleta de documentos e o interrogatório da investigada. Também foi anexado aos autos o laudo do Instituto Médico-Legal, que confirmou o nexo de causalidade entre a picada e o óbito, além de apontar negligência médica no atendimento inicial.

Com base nos elementos reunidos, a polícia comprovou que a conduta da médica, além de contrariar os protocolos do Ministério da Saúde, evidenciou inobservância de regra técnica e desconsideração da vulnerabilidade da vítima.

Além do indiciamento por homicídio culposo, a PCMG também representou pela suspensão cautelar do exercício profissional da médica, por considerar que sua conduta demonstra despreparo técnico e psicológico, colocando em risco a vida de outras pessoas.

Para o delegado Rodrigo Luiz Nalon Moreira, “trata-se de uma tragédia que poderia ter sido evitada com o cumprimento dos protocolos básicos de atendimento. A investigação foi conduzida com rigor técnico, e os elementos indicam uma falha grave no exercício da medicina”.

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