Médicos de Belo Horizonte decidiram cruzar os braços nesta quinta-feira (11). A paralisação parcial das atividades na rede SUS-BH visa pressionar o prefeito Álvaro Damião (União), que garantiu a retirada dos agentes da Guarda Municipal das unidades de saúde até o fim do ano. Além disso, segundo o Sindicato dos Médicos de Minas (Sinmed-MG), o protesto também se deve a demissões e falta de insumos nos postos. Uma manifestação está prevista para ocorrer na porta da PBH.
Os atendimentos eletivos ficarão suspensos por 12 horas nas unidades de saúde da rede municipal. A mobilização foi deliberada no Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMS-BH) e conta com o apoio do Sinmed-MG e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel).
O presidente do Sinmed-MG, André Christiano Santos, critica a decisão da PBH de retirar os guardas das unidades de saúde. Segundo ele, a presença dos agentes “não é apenas para proteger os profissionais, mas todos os usuários”.
Os servidores também pedem mais transparência nas contas da PBH. Segundo a classe, a prefeitura informou que os investimentos em saúde teriam gerado uma projeção de déficit aos cofres públicos de mais de R$ 400 milhões neste ano, com base em dados dos primeiros quatro meses de 2025.
“O Sinmed-MG também reitera essa preocupação visto que a população será prejudicada com a falta de uma assistência de qualidade e um número adequado de profissionais para os atendimentos”, diz o sindicato.
Procurada pelo Hoje em Dia, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que "respeita o direito à manifestação e ressalta que o município mantém diálogo constante com os sindicatos e com o Conselho Municipal de Saúde".
"Em relação ao redimensionamento de trabalhadores da área administrativa e de estagiários da rede SUS-BH, a ação foi definida somente após um rigoroso estudo e discussão com a categoria e representantes dos sindicatos. A Secretaria Municipal de Saúde atua continuamente no fortalecimento das equipes, tanto que já nomeou 3.834 profissionais aprovados no concurso do Edital 01/2020", diz trecho de nota da PBH.
A PBH afirma ainda que 56 centros de saúde foram totalmente reconstruídos por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e entregues à população.
Veja a nota na íntegra
"A Prefeitura de Belo Horizonte respeita o direito à manifestação e ressalta que o município mantém diálogo constante com os sindicatos e com o Conselho Municipal de Saúde.
Em relação ao redimensionamento de trabalhadores da área administrativa e de estagiários da rede SUS-BH, a ação foi definida somente após um rigoroso estudo e discussão com a categoria e representantes dos sindicatos.
A Secretaria Municipal de Saúde atua continuamente no fortalecimento das equipes, tanto que já nomeou 3.834 profissionais aprovados no concurso do Edital 01/2020.
Em relação às estruturas, até o momento, 56 centros de saúde foram totalmente reconstruídos por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e entregues à população, ampliando o conforto de usuários e melhorando as condições de trabalho dos servidores. Foram realizadas ainda reformas e manutenções em unidades que, no momento, não fazem parte do contrato de reconstrução via PPP"
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