Médicos de Minas pedem urgência para conter a Covid e criticam recomendação de remédios sem eficácia

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
19/01/2021 às 20:03.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:58
 (Reusters/Reprodução)

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Um manifesto assinado por 800 médicos de Minas Gerais pede providências urgentes ao governo federal contra a continuidade da disseminação desenfreada da Covid-19. 

"O manifesto é dirigido também às principais entidades médicas como Conselhos, Associações e Sindicatos Médicos, que até agora vêm se omitindo e chegam a aprovar medidas adotadas pelo governo Bolsonaro, que, desde o início, não acreditou na pandemia, disseminando fake news a respeito de uma doença tão séria, que vitimou até hoje mais de 200 mil mortos".

No documento, os especialistas também criticam lideranças médicas que aceitam o https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/estudo-aponta-inefic%C3%A1cia-de-tratamento-com-hidroxicloroquina-contra-covid-19-1.796760comprovada como ivermectina, cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida, azitromicina e doxiciclina. “A prescrição desses medicamentos leva a uma falsa sensação de segurança à população, com o consequente relaxamento nas medidas preventivas, estas sim, eficazes. A aceitação deste papel de meros prescritores de placebos nos nivela a charlatões, tornando-nos cúmplices de um governo de incompetentes, genocida”, denuncia a nota.

Mesmo com a  aprovação e distribuição das vacinas CoronaVac e Oxford pelos estados, o médico Geraldo Guedes, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) e um dos signatários do documento, afirma que, “mais do que nunca será necessário governos e entidades médicas se manifestarem a respeito da importância da vacina e à sua distribuição o mais rápido possível. Mais que necessárias as campanhas de comunicação para a população e entre a classe médica, pois, influenciada pelas fake news e o mau exemplo do presidente e seu ministro da Saúde, boa parte da população ainda duvida da capacidade da vacina, o mesmo ocorrendo com alguns colegas de profissão”. 

O manifesto pede ainda que as entidades médicas busquem atuar junto a instituições e saúde e governos em defesa de uma política que enfrente o que chamam de "barbárie":

  • Distanciamento social; auxílio aos vulneráveis;
  • investimentos maciços no Sistema Único de Saúde, para recuperação imediata de sua capacidade de atendimento;
  • investimentos maciços na capacidade brasileira de produção e distribuição de vacinas para todas as cidades brasileiras.
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