Medo de discriminação impede chineses de abrirem lojas no Oiapoque, diz direção do shopping

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
Publicado em 08/06/2020 às 13:53.Atualizado em 27/10/2021 às 03:43.
 ( Renata Evangelista/ Hoje em Dia)
( Renata Evangelista/ Hoje em Dia)

Dez empresários chineses que possuem boxes no Shopping Oiapoque, e que estão autorizando pela Prefeitura de Belo Horizonte a abrirem, informaram para a direção do centro de compras que vão permanecer fechados. O motivo seria medo da discriminação, segundo a direção do shopping. 

A Covid-19 surgiu na China, no fim do ano passado, e, rapidamente, se alastrou pelo planeta. Na web, alguns Internautas insultam os chineses e colocam a culpa da pandemia no país asiático. Com receio de serem atacados em BH, os lojistas optaram por não reabrir. 

Atualmente, o Shopping Oiapoque possui 700 lojas, sendo que 50 pertencem a chineses. “Essa discriminação contra eles não tem sentido. Todos os chineses que trabalham aqui são pequenos comerciantes e moram em BH. Nunca ofereceram risco para ninguém”, disse o sócio-diretor do shopping, Mário Valadares. 

Mesmo sem reabrir as lojas, esses 10 lojistas continuam pagando os aluguéis dos boxes e não entregaram o ponto. Nesta segunda-feira (8), o Oiapoque completou 15 dias de reabertura. 

No período, conforme Valadares, nenhum cliente com sintomas do novo coronavírus foi abordado no local. “Fazemos a medição da temperatura corporal como forma de evitar que algum doente entre aqui. E, até hoje, ninguém apresentou temperatura acima de 37,2o”, garantiu o dono do centro de compras. 

Para evitar aglomeração no espaço, a entrada é controlada e limitada a 20% da capacidade.

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