(Arquivo Hoje em Dia)
Uma criança de 4 anos morreu em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Mateus Leme, Região Metropolitana de Belo Horizonte, na noite do domingo (9). De acordo com a Polícia Militar, a equipe médica informou que a menina, que tem hidrocefalia, apresentava sinais graves de violência sexual.
A vítima, conforme a corporação, deu entrada na unidade durante a manhã com náuseas e vômito. Ela foi atendida e ficou em observação, sob os cuidados da mãe, de 30. Em dado momento, quando o médico retornou ao local, encontrou a menina morta. A mãe alegou que não viu o que aconteceu pois estava mexendo no celular.
A equipe médica ainda tentou reanimar a criança, mas sem sucesso. Durante os procedimentos, os médicos notaram fortes indícios de violência sexual nas partes íntimas da vítima. Diante dos fatos, a equipe acionou a polícia.
Durante as diligências, os policiais tomaram conhecimento que a menina já havia sido internada na última sexta-feira (7) com os mesmos sintomas estomacais. Ela foi atendida e liberada na manhã de sábado. No entanto, os médicos que a atenderam não notaram sinais de violência sexual.
Os pais da criança foram localizados pela PM e encaminhados para prestarem depoimento na Delegacia de Plantão de Betim. A mãe relatou que deixou a filha em casa e foi sozinha para um bar por volta das 20h de sábado, onde ficou até de madrugada. Ao voltar, viu que a filha dormia com a meia-irmã de 18 anos e outra adolescente de 14 anos.
Já o pai da criança, de 48, alegou que “ficou muito surpreso com a possibilidade de estupro da filha”. Ele contou ainda que também saiu no sábado para procurar a filha dele de 18 anos e voltou por volta de 23h, deixando a criança com o enteado dele.
O adolescente de 14 anos, filho da mulher de 30 e meio-irmão da vítima, também foi ouvido e negou qualquer autoria em relação ao estupro e disse que não notou sinal de violência na criança.
Diante dos fatos, os pais da menina foram presos por abandono de incapaz. O irmão da vítima foi apreendido, diante da suspeição do fato e também porque o caso gerou comoção popular, ocasionando risco a integridade física do menor.
A causa da morte será investigada pela Polícia Civil. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
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