O menino que foi abandonado gravemente ferido em lote vago do bairro Diamante, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, não foi reconhecido pela diretora da escola da qual ele usava o uniforme no dia que foi resgatado pela polícia. De acordo com a diretora do Instituto Educacional Novo Caminhar, Eda Guimarães, ela e sua filha foram até o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII na noite dessa quarta-feira (16) para visitarem a criança. "Eu estive lá com a minha filha com a intenção de ajudar, mas eu não conheço o menino. Nunca o vi". A escola fica no bairro João Pinheiro, na região Noroeste da capital mineira. O menor foi deixado em terreno da rua Professor Frederico Rangel também nesta quarta, quando militares do 41º Batalhão da Polícia Militar (PM) notaram que ele usava um short cinza da instituição de ensino comandada por Eda. No entanto, a mulher garante que o uniforme deve ter chegado à criança por meio de doação. "Temos o costume de doar uniformes usados. Além disso, a peça não chegou a ser mostrada para mim, uma vez que foi rasgada durante atendimento médico", explica a diretora. O menor, com idade aparente de 8 anos, sofreu perda de massa encefálica e hematomas no rosto. Ele está internado na Unidade de terapia intensiva (UTI) do João XXIII e, conforme a assessoria da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), corre risco de morte. A criança ainda não foi identificada, assim como seus pais e/ou outros responsáveis. O caso, que ainda é um mistério, é investigado pela Polícia Civil (PC).