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Metrô de BH completa 39 dias de greve e categoria afirma que não há diálogo

Leonardo Parrela
leoparrela@hojeemdia.com.br
28/04/2022 às 10:25.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:08
Assembleia entre os trabalhadores aconteceu na noite da última quarta-feira (28) (Divulgação/Sindimetro-MG)

Assembleia entre os trabalhadores aconteceu na noite da última quarta-feira (28) (Divulgação/Sindimetro-MG)

A greve dos metroviários em Belo Horizonte chega ao 39º dia nesta quinta-feira (28). De acordo com o Sindimetro, que representa a categoria, não está havendo diálogo com a União e, por isso, por decisão em assembleia, a paralisação foi mantida. 

Segundo o Sindimetro, a categoria busca a garantia dos empregos após a desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Minas Gerais.

"O que a gente teve foi uma promessa de reunião, mas nada oficial. Se tivesse uma proposta concreta, acredito que a conversa para retomar as atividades seria mais forte", disse Pablo Henrique Ramos de Azevedo, diretor de Comunicação do sindicato.

Em nota, o Ministério da Economia afirmou que não se pronunciará sobre o assunto. Já a Advocacia Geral da União (AGU), informou que o Sindimetro "optou por encerrar o canal de diálogo com a União em reunião realizada no dia 15 de abril de 2022".

Além disso, que o sindicato está sujeito a multa em função de descumprimento de decisão liminar proferida pela 1ª Vice-Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região no dia 21 de dezembro de 2021.

Maior greve da história

De acordo com a CBTU/MG, esta já é a maior greve dos metroviários no Estado. Por dia, cerca de 70 mil usuários são prejudicados com a greve.

Atualmente, o metrô circula das 10h às 17h, mesmo com determinação judicial para que também funcione entre 5h30 e 10h e 16h30 às 20h. 

A CBTU/MG afirma que está tomando todas as medidas possíveis na tentativa de frear o movimento, inclusive solicitando aumento da multa diária, que está fixada em R$ 30 mil.

Próximos passos

O Sindimetro/MG informou que a categoria seguirá debatendo para ter as reivindicações atendidas. Na sexta-feira (29) está prevista uma nova assembleia, para discutir uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho. 

Para 1º de maio, dia do trabalhador, está convocado um ato na Praça Afonso Arinos, região Central de Belo Horizonte. No dia 3 de maio, acontece uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, às 14h30, para debater consequências da greve. 

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