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Guardiões

Mil voluntários se esforçam para evitar tragédias durante as chuvas em BH

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
Publicado em 13/10/2023 às 07:47.Atualizado em 13/10/2023 às 07:49.

Uma corrente do bem formada por moradores de Belo Horizonte está pronta para atuar 24 horas por dia na tentativa de evitar tragédias durante as chuvas. Neste ano, o exército de voluntários soma mil pessoas treinadas pelos Bombeiros e Defesa Civil. As atuações vão desde a sinalização para o fechamento de vias sujeitas a inundações ao socorro de afogados ou soterrados.

Na capital, os riscos estão concentrados em pontos de transbordamentos e de deslizamentos de terra. A maioria das pessoas que ajuda nas ações preventivas mora próximo a esses locais. São 97 núcleos de Alertas de Chuvas (NAC) e de Defesa Civil (Nudec) espalhados pelas regionais de BH.

Uma dessas lideranças é João Batista Coleta, de 66 anos. Voluntário há quase 30 anos do Nudec, o morador do Conjunto Paulo VI, região Nordeste, diz estar pronto para ajudar quem precisa. Ele conta que servir a população, podendo salvar vidas, é a motivação.

“Sempre fui uma referência aqui no conjunto, reconhecido pelos moradores. Poder ajudar na hora em que as pessoas mais estão necessitadas é gratificante”.

João Batista atua, principalmente, próximo à rua Neblina, que fica na parte baixa do bairro e registra alagamentos durante chuvas intensas. Mesmo preparado, ele faz questão de destacar a principal lição aprendida: não se arriscar e sempre fazer contato com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros em situações de emergência.

Contato direto
Estar bem informado é também uma das principais ações de prevenção para evitar situações de risco. Quando a cidade está sob alerta, como o de risco geológico, a Defesa Civil repassa as informações aos líderes das comunidades, que replicam o recado.

Um desses multiplicadores é Allan Garcia dos Reis, de 35 anos. Garçom em uma pastelaria, ele é voluntário há 10 anos na NAC da região Norte. Após passar por uma inundação em 2008, vendo de perto o desespero de centenas de pessoas, conheceu o projeto e resolveu participar.

“De imediato me chamou a atenção para ser um voluntário porque é uma possibilidade ajudar pessoas que às vezes não têm a quem recorrer. É evitar que uma tragédia aconteça com pessoas indefesas”.

Ao receber um comunicado de chuva do órgão, Allan inicia o trabalho de passar a informação para todas as pessoas da área de risco. E o processo é todo no boca a boca, com ele indo, em alguns casos, de porta em porta avisando. “É um trabalho de formiguinha. Eu passo a informação para um, que passa para outro e assim nós vamos avisando até todos estarem cientes”.

Anualmente, a Defesa Civil realiza visitas às áreas de risco para verificar o que mudou e organizar novos treinamentos. Interessados em participar podem procurar as lideranças dos núcleos, cadastrados junto à Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel). A capacitação segue recomendação da Organização das Nações Unidas.

“Você já estará dando uma grande ajuda que é espalhar essas informações de alertas da Defesa Civil para os familiares e amigos. Isso é você se tornar um agente da Defesa Civil no repasse das informações. É salvar vidas”, afirma o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, coronel Waldir Figueiredo.

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