(CDC / Christopher Paddock / James Gathany / Creative Commons)
Minas registrou mais uma morte por febre maculosa neste ano. O 6ª óbito foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis, na região Centro-Oeste mineira, na segunda-feira (7).
Em nota, a prefeitura da cidade informou que a vítima é um homem de 77 anos. Ele apresentou os primeiros sintomas em 23 de julho e a coleta de exame para febre maculosa ocorreu dois dias depois. Segundo a secretaria, a morte ocorreu em 25 de julho, mas só após resultado de exames de biologia molecular foi concluído que a causa do óbito foi febre maculosa.
Veja óbitos confirmados neste ano:
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a febre maculosa é uma doença endêmica no Estado e o número de casos registrados até o momento está dentro do esperado para o período.
Ainda segundo a pasta, os casos da doença são registrados em todas as regiões mineiras, com destaque para as macrorregiões de saúde Centro, Vale do Aço, Leste e Sudeste.
Transmissão
A febre maculosa é uma doença causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida pela picada de carrapatos infectados. Em Minas, os principais vetores e reservatórios da doença são os carrapatos do gênero Amblyomma, também conhecidos como “carrapato estrela”, “carrapato de cavalo” ou “rodoleiro”. De acordo com a SES-MG, o agente etiológico mais frequente é a bactéria Rickettsia rickettsii, responsável por produzir os casos mais graves da doença, denominada Febre Maculosa Brasileira (FMB).
Os equídeos, canídeos, roedores como a capivara e marsupiais como o gambá têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa, podendo atuar como amplificadores de riquétsias e/ou como transportadores de carrapatos potencialmente infectados.
Sintomas
Os principais sintomas da febre maculosa são: febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.
Além disso, com a evolução da doença é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés. Embora seja o sinal clínico mais importante, as manchas vermelhas podem estar ausentes, o que pode dificultar e/ou retardar o diagnóstico e o tratamento, determinando uma maior letalidade.
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