Minas é o Estado com maior número de casos na 'lista suja' do trabalho análogo à escravidão

Cinthya Oliveira
Publicado em 17/01/2019 às 11:48.Atualizado em 05/09/2021 às 16:05.
 (Secretaria da Previdência e Trabalho/Divulgação)
(Secretaria da Previdência e Trabalho/Divulgação)

Minas Gerais é o Estado com maior número de casos na lista “Cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo”, atualizada no início de janeiro, de acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho.

No documento, conhecido como “Lista Suja”, estão 55 empresas mineiras que foram registradas por auditores fiscais do trabalho em operações de resgate de trabalhadores. No total, 204 empregadores de 22 Estados estão citados na lista, que era atualizada periodicamente pelo Ministério do Trabalho, extinto pelo presidente Jair Bolsonaro.

Na última terça (15), foi divulgado que o Grupo Especial de Erradicação do Trabalho Escravo resgatou, em janeiro, quatro trabalhadores submetidos a trabalho análogo ao de escravo em uma carvoaria em Córrego Danta, no Centro-Oeste de Minas. De acordo com a Secretaria de Previdência e Trabalho, os empregados não recebiam equipamento de proteção individual para execução das tarefas laborais, estavam sem alimentação, bebiam água de poço e dormiam em barracos de lona, expostos a intempéries e sem a garantia de nenhum direito trabalhista.

A jornada de trabalho era realizada em todos os dias da semana com derrubada de árvores, processamento da madeira, transporte, queima, ensacamento e carregamento. Por manter os trabalhadores nessa situação, o proprietário da carvoaria foi autuado pela fiscalização e terá de pagar os salários atrasados e as verbas rescisórias, com depósito dos valores relativos ao FGTS e ao INSS. 

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