Minas entra em situação de emergência por conta dos incêndios florestais
Decisão reconhece danos ambientais e impactos na qualidade do ar e autoriza ações excepcionais de prevenção e combate

A escalada dos incêndios florestais em Minas levou o Governo Zema a decretar situação de emergência por 180 dias. A medida, publicada nesta sexta-feira (24) no Diário Oficial, reconhece os prejuízos ambientais, econômicos e à saúde provocados pelas queimadas, que se intensificaram desde julho devido ao calor extremo e baixa umidade do ar.
O decreto, assinado pelo vice-governador Mateus Simões, cita danos humanos, materiais e na rede elétrica, além da degradação da qualidade do ar. O texto autoriza o uso excepcional de fogo para manejo - prática usada na prevenção de ocorrências -, e determina que os órgãos estaduais reforcem as ações, como a conscientização da população.
Com o reconhecimento da situação de emergência, o Estado poderá solicitar apoio federal, agilizar contratações e direcionar recursos para ações de resposta e recuperação ambiental.
46 focos de incêndio em vegetação por dia
Conforme o Hoje em Dia mostrou recentemente, Minas tem uma média de 46 focos de incêndio em vegetação por dia. “A população deve redobrar os cuidados. Manter hidratação, proteger crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios e evitar qualquer ação que possa provocar incêndios. A prevenção e a atenção aos alertas ajudam a proteger vidas, propriedades e o meio ambiente”, reforçou o coordenador adjunto da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Wenderson Duarte Marcelino.
Para enfrentar o período crítico, os bombeiros intensificaram o uso de tecnologias de monitoramento e ampliaram o número de equipes. Um sistema de inteligência artificial integra imagens de satélite e dados meteorológicos para mapear os focos em tempo real.
Chamas em serra de Tiradentes
Neste mês, ocorre uma queimadas mais graves do ano em Minas. Um incêndio de grandes proporções devastou parte da Serra de São José, entre Tiradentes e São João del-Rei, no Campo das Vertentes. O fogo durou quatro dias e destruiu cerca de 20% da vegetação da área de proteção ambiental, mobilizando bombeiros, brigadistas e voluntários.
*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca
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