Escassez

Minas registra falta de soro, contraste e dipirona venosa, diz secretário estadual de Saúde

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
15/07/2022 às 10:02.
Atualizado em 15/07/2022 às 15:00
 (Marcello Casal jr/Agência Brasil)

(Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Hospitais da rede pública de Minas Gerais enfrentam falta de medicamentos e insumos básicos, como dipirona venosa, soro e contraste. A informação foi dada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta sexta-feira (15). 

Segundo Baccheretti, o problema ocorre em escala global, e é provocado por dificuldades de importação especialmente pelo lockdown recente em importantes cidades da China. 

"O lockdown gerou uma desequilibrada grande, mas agora já estamos vendo um reequilíbrio. Isso aconteceu na pandemia com máscara, com luvas, com alguns antibióticos e estamos vendo esse reflexo até hoje, mas a expectativa nossa é que seja normalizado”, afirmou, em entrevista à Itatiaia. 

O secretário explicou ainda que a escassez de alguns produtos impacta diretamente no preço. “O preço do soro está passando de R$ 5 para mais de R$ 60", disse. 

Entretanto, Baccheretti garante que o problema é a falta dos insumos e não de recursos. Para tentar minimizar os impactos à rede de saúde, segundo o secretário, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) organiza remanejamento de estoques.

“Estamos junto com os hospitais da Fhemig, que é a fundação hospitalar, são 19 hospitais que têm um grande estoque e a gente sempre vai socorrendo alguns hospitais, como fizemos com a Santa Casa de Belo Horizonte no caso do contraste. Mas, certamente, não temos muito o que fazer, porque é o mesmo mercado e a questão é falta do insumo e não falta de recurso de dinheiro. A gente vem tentando ajudar com a nossa rede”, completa.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que os referidos medicamentos e insumos citados não são adquiridos pela SES e, portanto, não é possível mensurar o desabastecimento. 

“Entretanto, é conhecido que a pandemia do COVID-19 agravou o cenário de desabastecimento de diversos itens. Esclarecemos, entretanto, que as tratativas para tentar se mitigar os efeitos do desabastecimento têm sido discutidas em âmbito nacional, entre Ministério da Saúde, ANVISA e CONAS”, finaliza

O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que trabalha sem medir esforços para manter a rede de saúde abastecida com todos os medicamentos ofertados pelos SUS.

"Medida adotada pela pasta foi a inserção de medicamentos na lista de produtos com redução do imposto de importação sobre insumos como Amicacina Sulfato, Aminofilina, Cloridrato de Dopamina, Dipirona, Fludrocortisona, Leuprorrelina, Neostigmina, Oxitocina, Rivastigmina, Sulfato de Magnésio, bolsas para soro fisiológico, entre outros", diz trecho do comunicado. 

A pasta garante ainda que continua atuando em conjunto com Anvisa, estados e municípios e representantes das indústrias farmacêuticas para articular ações de enfrentamento ao desabastecimento de insumos hospitalares no país.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por