As ações de prevenção e combate a incêndios em Minas Gerais têm gerado resultados positivos, com uma redução de até 57% na área queimada em Unidades de Conservação (UCs), segundo dados parciais de janeiro a setembro de 2025. O levantamento, em fase de consolidação, foi feito pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) e pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).
O balanço aponta uma queda de 29% no total de incêndios em vegetação no estado, com menor incidência nas UCs em comparação com o ano anterior. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também reforçam a tendência, mostrando uma redução de 40% no número de focos de calor até agosto de 2025.
A queda nos índices é atribuída tanto às condições climáticas mais favoráveis quanto aos investimentos em prevenção, monitoramento e à presença descentralizada das equipes em campo. O governo de Minas investiu mais de R$ 20 milhões em ações de combate ao fogo, o que inclui a contratação e capacitação de 280 brigadistas e a mobilização de 220 militares do CBMMG.
Gestão e tecnologia
A redução é resultado de uma força-tarefa integrada, a Previncêndio, que conta com a participação do IEF, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de outras instituições.
"Os dados reforçam uma gestão eficiente da força-tarefa Previncêndio, mas precisamos permanecer alertas para eventuais mudanças climáticas", afirmou o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões.
O coronel Thiago Duarte, comandante Especializado de Bombeiros, destaca a importância da tecnologia e da estratégia: "A redução nos índices é fruto de um trabalho integrado entre parceiros e também de investimentos em tecnologias que geram monitoramento assertivo, além da descentralização dos recursos que aproximam nossas equipes das áreas mais críticas."
Para otimizar a resposta, foram instaladas seis Bases Operacionais Avançadas em pontos estratégicos das UCs. A corporação também registrou que 79% dos incêndios foram resolvidos em até 24 horas até agosto de 2025. Apesar dos resultados, a mobilização da corporação continua em estado de alerta para o período crítico.
*Com Agência Minas