Trinta e quatro dias após a catástrofe que liberou mais de 50 mil toneladas de lama com rejeitos de mineração nos rios Gualaxo, Doce e também atingiu o litoral capixaba, a Samarco Mineradora informou que iniciou obras para tratar e clarear as águas.
Conforme a empresa, estão sendo construídos dois diques, nas proximidades da barragem de Fundão, que se rompeu em Mariana, região Central de Minas. As estruturas, explicou a mineradora, serão capazes de "conter os sedimentos, liberando a água mais limpa e também servirão para barrar o material sólido, evitando que as chuvas levem sedimentos para o Rio Gualaxo.
Os diques terão cerca de 10 metros de altura e capacidade para reter cerca de 2,7 milhões de metros cúbicos de lama. Na barragem de Santarém, que também ficou danificada com a tragédia, a Samarco começou o processo de dragagem, para evitar que o material sólido seja carregado pela chuva. "Estão sendo usados sacos de tecido especial, chamado geotêxtil, para o armazenamento dos rejeitos. O tecido retém o material sólido e libera a água clarificada", explicou.
Em nota, a Samarco reforçou que nas cidades mineiras de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado a limpeza das áreas afetadas pelo 'tsunami' de lama já começou. Há dias, equipes contratadas pela mineradora estão retirando o material do rio. "A disposição é feita de modo controlado e os resíduos, compostos por árvores e plantas menores, está sendo incorporado ao solo", disse.