Ministério Público denuncia 18 por golpe contra servidores públicos

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
14/08/2018 às 11:59.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:55
 (Maurício de Souza/ Arquivo Hoje em Dia)

(Maurício de Souza/ Arquivo Hoje em Dia)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou 18 pessoas por estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os denunciados são acusados de aplicarem golpes em servidores públicos, sendo que a maioria das vítimas eram idosos. Conforme as investigações, os crimes tiveram início em 2012 e a quadrilha só foi desmontada em 2016, depois que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a operação Monte Pietá.

De acordo com a denúncia, os criminosos entravam em contato com as vítimas afirmando que elas possuíam valores a receber de empresas de seguro, previdência ou capitalização. Mas para conseguir as quantias, os servidores deveriam fazer depósitos nas contas dos integrantes da organização criminosa. Os servidores públicos eram informados que os depósitos seriam para pagar os custos processuais e os advogados que ajuizariam as ações contra as seguradoras.

Divisão

Cada integrante da quadrilha tinha uma tarefa diferente na organização criminosa. Alguns eram responsáveis por ligar para a residência das vítimas, informando sobre os falsos créditos na seguradora e pedindo o depósito bancário para o pagamento de ações judiciais. Outros ficavam com a função de indicar possíveis vítimas e de orientar o grupo sobre o modo de aplicar o golpe.

Conforme apurado pelo MPMG, existiam ainda aqueles que indicavam ou emprestavam contas bancárias para receber o dinheiro das vítimas e os que conseguiam os cadastros dos servidores públicos, onde estavam dados pessoais, que ajudavam os golpistas a dar credibilidade à história. Vários documentos apreendidos durante a operação Monte Pietá mostraram detalhes do golpe, como números de contas bancárias e nomes de associações de classe e instituições usados para o crime.

Prejuízo

Entre as vítimas do bando estava uma idosa de 76 anos que, em 2013, recebeu ligação de um dos integrantes do grupo se passando por servidor de Tribunal de Justiça Militar. Após ser convencida pelo golpista, a idosa depositou R$ 47 mil acreditando que teria R$ 220 mil extras a receber da pensão do marido, um ex-major da Polícia Militar. 

Até o momento, o MPMG apurou a existência de 13 vítimas e de 18 integrantes do grupo criminoso. Segundo a denúncia, “os golpes eram praticados pela organização como verdadeira atividade profissional”.

*Com informações do MPMG

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