
Foi protocolado, nesta terça-feira (8), pela Associação Pró-Interesses do bairro Bandeirantes (APIBB), uma petição na Justiça que será encaminhada ao Tribunal Regional Federal (TRF), de Brasília. O objetivo, de acordo com a associação, é informar o não cumprimento da retirada das capivaras da lagoa da Pampulha. Os animais são hospedeiros do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. No dia 4 de setembro, o menino Thales Martins Cruz, de 10 anos, morreu após ser contaminado pelo carrapato-estrela.
Há um mês, o TRF determinou que a administração municipal recolhesse e isolasse as capivaras da orla da lagoa e do Parque Ecológico. Na decisão, o prazo máximo para o cumprimento da ordem era até o dia 14 de outubro.
Leia mais:
Conselho quer ajuda do MPMG para impedir retirada de capivaras da Pampulha
Associação de Moradores leva impasse das capivaras ao Ministério Público
Associação de Moradores leva impasse das capivaras ao Ministério PúblicoAssociação de Moradores leva impasse das capivaras ao Ministério Público
Associação de Moradores leva impasse das capivaras ao Ministério Público
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte disse que não iniciou o manejo dos animais e alegou que a liminar do TRF não fixa prazo para a realização dos trabalhos. A administração municipal disse ainda que cumpre a decisão judicial. O comunicado explica que o Termo de Referência (documento para embasar o edital para a contratação da empresa que fará o isolamento das capivaras) já foi finalizado. O executivo ressalta ainda ter elaborado um outro Termo de Referência para embasar a licitação visando à contratação de uma empresa para combater os carrapatos presentes na região da Pampulha.
A Prefeitura informou ainda que “apesar de ter finalizado o texto para a contratação da empresa que fará o edital, ainda não há um prazo para que ele seja lançado”.
Desde 2014 a Prefeitura tenta retirar as capivaras da orla da Lagoa da Pampulha. Em setembro, 54 animais foram capturados e encaminhados para cativeiro no Parque Ecológico. Em 2015, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu que os animais fossem soltos.