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Obras do Minha Casa

Moradores protestam contra corte de árvores centenárias no bairro Castelo, em BH

Autorização para corte de árvores na Pampulha é verificada pela PM e encontra-se vencida, diz militar

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 30/09/2025 às 10:49.Atualizado em 30/09/2025 às 12:18.

Moradores do bairro Castelo, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, protestam nesta terça-feira (30), contra o início das obras de construção de moradias populares do programa “Minha Casa, Minha Vida” na rua Castelo da Beira. Os manifestantes pedem que a prefeitura aguarde a decisão judicial antes de dar continuidade ao corte de árvores centenárias no local.

Segundo os moradores, as intervenções começaram na última sexta-feira (26), com a retirada de mudas de árvores. Mary Camargos, designer de interiores e líder do protesto, afirmou que as três últimas áreas verdes do bairro estão no terreno onde as moradias serão construídas.

“Porque não usam os imóveis vazios? Preserve as últimas áreas. Belo Horizonte já foi considerada uma 'cidade jardim'. Hoje estamos diante de uma área que tem árvores com mais de 100 anos”, declarou Mary, que é moradora do bairro há 25 anos.

No local, a construtora responsável pela obra acionou a Guarda Civil Municipal (GCM), enquanto os manifestantes acionaram a Polícia Militar (PM). Ao chegarem ao endereço, os militares verificaram que a autorização para a obra estava vencida.

“Moradores fizeram contato e falaram que estão com uma ação judicial. Querem apenas que a PBH espere a decisão da Justiça antes de iniciar esse corte. Fomos verificar a autorização e vimos que foi emitida no início de janeiro e tinha 180 dias para executar, portanto já está vencida. Não vão efetuar o corte hoje”, afirmou o sargento Renato Luciano de Almeida.

Imbróglio 

O imbróglio sobre a construção das moradias populares no Castelo é antigo. Em novembro de 2024, o Ministério das Cidades destinou R$ 204,4 milhões para impulsionar programas habitacionais em Minas Gerais.

A medida, publicada no Diário Oficial da União, previa a construção de 1.272 novas unidades pelo programa Minha Casa, Minha Vida em cidades como Belo Horizonte, Sete Lagoas, Santa Luzia e Ituiutaba.

Para a capital mineira, a expectativa era erguer 500 unidades, com investimento de R$ 85 milhões, distribuídas em três residenciais nos bairros Castelo e Paquetá, na regional Pampulha.

No entanto, a iniciativa enfrenta forte resistência na comunidade. Moradores da região lançaram um abaixo-assinado contra o empreendimento. O principal argumento é que a construção das 500 moradias eliminaria uma das poucas áreas verdes do bairro, além de sobrecarregar a infraestrutura local, que já apresenta carências em diversos serviços.

O que diz a PBH? 

A Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), da PBH, informou que as áreas públicas destinadas ao empreendimento não estão localizadas em área de preservação.

Segundo a Urbel, as unidades habitacionais estão sendo implantadas em áreas classificadas pelo Plano Diretor como Zonas de Interesse Social, ou seja, destinadas à construção de moradias populares para famílias atendidas pela Política Municipal de Habitação.

“Os residenciais previstos para o bairro já estão contratados junto ao Governo Federal, por meio da Caixa Econômica Federal, no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida. Os projetos foram devidamente licenciados pelo Município e contam com as autorizações necessárias para o início das obras”, disse a gestão municipal por meio de nota. 

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