Moradores protestam e pauta sobre a Mata do Planalto sai da reunião do Comam

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
22/06/2016 às 16:13.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:00
 (Salve a Mata do Planalto/Facebook)

(Salve a Mata do Planalto/Facebook)

Cerca de 200 moradores do bairro Planalto, na região da Pampulha, estiveram presentes na reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente na tarde desta quarta-feira (22) para discutir o liceinciamento de obras na chamada Mata do Planalto. Alguns dos moradores protestaram acorrentados. O tema foi retirado da pauta e não tem data para ser debatido novamente.

Em maio deste ano foi liberado pela justiça o licenciamento de um grande empreendimento imobiliário na região, mas não as intervenções físicas na área. No mês passado uma liminar foi concedida ao Movimento Salve a Mata do Planalto para impedir que o processo seguisse tramitando no Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Segundo representantes do movimento, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto de Meio Ambiente (RIMA) datam de 2010 e estão defasados há 6 anos.

Além disso, existe ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública de Minas e uma Ação Popular que ainda aguardam decisões.

Histórico

O movimento pela preservação da Mata do Planalto já dura sete anos. A área, bioma de Mata Atlântica, possui 200 mil m², 20 nascentes (que formam o Córrego Bacuraus e deságua no Rio das Velhas), flora composta de Ipê Amarelo, Jacarandá da Bahia e outras espécies ameaçadas de extinção; fauna de 68 espécies de aves, como tucanos, beija-flor de fronte violeta e tantas outras ameaçadas de extinção; micos e vários répteis.

A Direcional Engenharia pretende construir 16 prédios, com 16 andares, totalizando 760 apartamentos, 1300 vagas de garagens. Tal obra irá impactar a região, que não possui infraestrutura para receber uma demanda de aproximadamente 5(cinco) mil pessoas e provocará devastação ambiental, com consequentes mortes de animais, destruição da flora e supressão de 20 nascentes, mudança radical do microclima da região e piora na qualidade de vida dos moradores.

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