
Com cerca de 400 mil casos de dengue, zika e chikungunya em 2023, Minas avalia novas estratégias para tentar conter o mosquito transmissor da doença no ano que vem. Uma das medidas será a inauguração da biofábrica Wolbachia, responsável por produzir insetos modificados. A expectativa é que 22 cidades já recebam os animais no primeiro semestre de 2024.
O método Wolbachia consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria, impedindo que os virus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no inseto. Ao serem inseridos no meio ambiente, esses mosquitos podem transmitir as doenças às pessoas.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Fabio Baccheretti, que visitou as obras da fábrica nesta segunda-feira (13), o novo empreendimento pode ser fundamental para o futuro do Estado. “É uma estratégia a médio e longo prazo muito interessante. A dengue, zika e chikungunya já acometem os mineiros há décadas e gente precisa de novas tecnologias. E esses mosquitos com bactérias é uma tecnologia que já vem demostrando estudos muito eficazes”.
Municípios selecionados
Inicialmente, os mosquitos com Wolbachia produzidos na biofábrica serão destinados aos 22 municípios da Bacia do Rio Paraopeba. A expectativa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é que ocorra a expansão para todo território mineiro.
A escolha leva em conta a reparação do desastre provocado pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Grande BH. Como existia uma expectativa de aumento de casos na região após a tragédia, as cidades terão prioridade.
Com a biofábrica em funcionamento, estima-se uma produção semanal de 2 milhões de mosquitos, de acordo com a SES.