Deve receber alta, neste fim de semana, o motociclista atingido por uma linha com cerol, na MG-010, em Santa Luzia, no último dia 14. Após ser submetido a quatro cirurgias, ele passa por lenta recuperação. 

Henrique Luiz de Souza, de 38 anos, teve a traqueia rompida enquanto trafegava pela rodovia, além de fraturas e ferimentos pelo corpo. "Os médicos falaram que lesão na traqueia é fatal. Por isso, ele estar vivo é um milagre", afirma a irmã da vítima, Anne da Silva, de 39 anos.

Ainda não é possível determinar se o motociclista terá sequelas. Foram fraturados o fêmur e a bacia, e houve uma fissura no ligamento de um dos dedos da mão. "Sabemos que não perdeu a fala. Mas ficará sem andar pelos próximos dois meses e 45 dias com a mão imobilizada”, relatou a irmã.

Crime

Utilizar linhas cortantes (com cerol ou chilena), além de perigoso, é crime. O responsável, se identificado, pode ser condenado a cinco anos de detenção. A Lei Estadual 11.125/2018 determina multa de R$ 2 mil para quem usa esse material. Já quem armazena ou comercializa, pode ser punido em R$ 4 mil.

"Essas cordas cortam camadas profundas da pele e as principais vítimas são os motociclistas", explica o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara.

Portanto, especialmente para esses condutores, a utilização constante de equipamentos de segurança é necessária. "Dispor de antenas corta-pipa, capacete, luva, jaqueta e proteção no pescoço é uma maneira de evitar acidentes", detalha o militar.

(*) Colaborou Marília Mesquita

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