Manifestação

Motoristas de caminhões reboques protestam em BH após morte de companheiro por delegado

Gabriel Rezende
grezende@hojeemdia.com.br
27/07/2022 às 16:58.
Atualizado em 27/07/2022 às 17:45
Motoristas de caminhões reboque protestam em BH  (João Carlos Spil / Hoje em Dia)

Motoristas de caminhões reboque protestam em BH (João Carlos Spil / Hoje em Dia)

Motoristas de caminhões reboque protestaram na tarde desta quarta-feira (27) nas ruas de Belo Horizonte. O ato ocorreu após um motorista ser morto por um delegado do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico da Polícia Civil (Denarc) nessa terça-feira (26), em decorrência de uma briga de trânsito na avenida do Contorno, próximo ao Complexo da Lagoinha, no Centro da capital.

Cerca de duzentos caminhões participaram do ato, segundo informações de um dos manifestantes. "Estamos todos juntos. Mais de 400 amigos do Anderson (motorista assassinado) protestando. Protestando contra a injustiça e a impunidade que está ocorrendo", afirmou o motorista de reboque, que não quis ser identificado.

O manifestante criticou o fato de o delegado envolvido no caso não ter sido preso em flagrante e estar em liberdade. "O assassino está solto, alegando que agiu em legítima defesa, deflagrando um tiro fatal. Não tinha necessidade disso", prosseguiu.

Ainda conforme o motorista, a vítima era querida por todos da categoria. "Uma pessoa do bem que era só trabalhar, família e igreja. Amigo de todos nós", desabafou.

Outra participante do ato, chamada Fabiana, lamentou o fato de o corpo ainda não ter sido liberado pelo Instituto Médico Legal (IML). "Até agora não conseguimos velar nosso amigo", disse.

A manifestação teve início no Padre Eustáquio, região Noroeste de BH. De lá, o grupo passou pelo Anel Rodoviário e outros pontos da capital. O ato teve fim no local da crime, na avenida do Contorno.

Delegado solto
De acordo com a Polícia Civil, após ouvir testemunhas e analisar os dados colhidos pela perícia técnica e jurídica, a entidade responsável pelo inquérito liberou o delegado. Durante as investigações, imagens de câmeras de vigilância foram analisadas para esclarecer a ordem dos fatos durante a ocorrência.

"A PCMG e, especialmente, a corregedoria-geral asseguram que o inquérito policial será concluído no prazo legal de 30 dias, com impessoalidade, imparcialidade e transparência, repudiando atitudes violentas, insensatas e incivilizadas de quaisquer pessoas, especialmente de seus servidores", informou a instituição por meio de nota.

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