Enquanto a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) descumpre o prazo para realizar uma Conferência Municipal de Política Urbana ainda esse ano para discutir o plano diretor da cidade, entidades e movimentos populares organizados se unem para debater o assunto e tentar impedir o processo de verticalização da capital mineira. Neste sábado (14), o grupo realizou a 1ª Conferência Popular de Política Urbana de Belo Horizonte, sob o Viaduto Santa Tereza, no Centro. Foi a plenária final, após vários encontros livres e descentralizados.   Segundo o membro do movimento Salve Santa Tereza, Pedro Martins, a PBH deveria realizar a conferência municipal no primeiro ano de gestão, ou seja, ainda em 2013. No entanto, o processo ainda não ocorreu. “Queremos impedir a redefinição de zoneamentos da cidade, impedir o adensamento, a verticalização e a descaracterização de bairros, além de propor uma maior participação popular nesse debate”, afirma.   EXPULSÃO   Para o coordenador do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) Leonardo Péricles, é preciso impedir a expulsão das populações mais pobres da cidade. “Apenas 50% dos reassentados pelo programa Vila Viva ficam na comunidade. O resto é obrigado a ir para longe”, diz.   Outra reivindicação é que a Conferência Municipal aconteça entre março e maio, antes da Copa do Mundo e das eleições. A previsão é que a discussão se estenda até novembro. No entanto, o prefeito Márcio Lacerda afirmou ontem que a intenção é promover os encontros até maio.   Lacerda atribuiu o atraso da Conferência Municipal à elaboração dos planos diretores regionais. “Nosso planejamento segue um estudo urbanístico técnico, alinhado às tendências e experiências internacionais. Tudo será amplamente discutido com a população. Esses movimentos são de oposição”, declarou.    

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