
Uma denúncia de que animais domésticos estariam morrendo supostamente após ingestão de água contaminada pela lama da barragem que se rompeu em janeiro deste ano em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, será apurada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O órgão informou que se reuniu nesta sexta-feira (2) com uma equipe técnica para definir as estratégias de apuração.
"No início da próxima semana, será realizado um levantamento em campo pela equipe técnica para buscar elementos que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos. Foram requisitadas informações à Vale, e estão sendo buscados documentos e informações com órgãos ambientais", informou o MPMG.
A entidade orientou os moradores da cidade que suspeitarem que seus animais estejam morrendo em função do consumo da água contaminada a registrar um boletim de ocorrência, "para que haja preservação da prova do óbito e realização de perícia".
Por fim, o órgão divulgou o e-mail da Coordenadoria Estadual de Defesa da Fauna para que possíveis atingidos denunciem a situação. O endereço digital é cedef@mpmg.mp.br.
Em nota, a Vale informou que desde o rompimento da barragem e a consequente proibição de captação de água no Rio Paraopeba, a mireradora tem fornecido água mineral e potável para as comunidades atingidas. "A água disponibilizada é oriunda das Estações de Tratamento de Água (ETA) da Copasa de Juatuba (MG) ou Pompéu (MG) e entregue para a população local via caminhões pipa. Até o dia 29/07, a Vale já havia distribuído cerca de 268 milhões de litros de água potável para consumo humano, dessedentação de animais e irrigação", afirma a empresa.
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