O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) expediu recomendação para que a Samarco, o Corpo de Bombeiros de Ouro Preto, a Delegacia Regional de Polícia Civil de Ouro Preto, a Defesa Civil e a Prefeitura de Mariana adotem medidas para localizar as 11 pessoas que estão desaparecidas desde o rompimento da barragem Fundão.

O MP exige que os órgãos responsáveis utilizem todos os recursos necessários para auxiliar nas buscas, além de aumentar o efetivo de funcionários que trabalham nas buscas, que não devem ser encerradas até que tenha sido esgotadas as possibilidade de localização das vítimas.

O MP pede que seja criado um canal de informação aos parentes dos desaparecidos, para que eles possam ter informações, diárias, sobre o andamento das buscas. Outra medida é a divulgação, também diária, de boletim de informações para a sociedade e para os parentes, esclarecendo todas as providências realizadas no dia.

Além disso, o Ministério Público quer que os órgãos envolvidos nas buscas forneçam diretamente aos parentes dos desaparecidos informações quanto à localização de restos mortais encontrados.

A recomendação foi expedida após familiares procurarem a 2ª Promotoria de Justiça dizendo que não estão sendo informados pelos órgãos públicos sobre as buscas. De acordo com o promotor de Justiça Guilherme de Sá Meneghin, os familiares relataram ainda que existem somente 21 bombeiros realizando as buscas e que não estão tendo o devido apoio das empresas responsáveis pela tragédia. O Corpo de Bombeiros, contudo, em boletim divulgado nesta segunda-feira (23), informou que 50 militares trabalham nas buscas.

A tragédia aconteceu no dia 5 de outubro, devastando distritos da região Central de Minas. Ao menos 12 pessoas morreram soterradas pela avalanche de lama e distritos foram devastados. Os rejeitos de minério atingiram o rio Doce, provocando mortandade de diversas espécies.

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