O Carnaval de Belo Horizonte, além de cativar milhares de foliões pela cidade, movimenta o comércio e permite que muitos vendedores consigam uma renda extra no início do ano. No entanto, durante o bloco Baianeiros, realizado neste domingo (11) no Bairro Castelo, região da Pampulha, muitos ambulantes reclamaram da imensa quantidade de vendedores e, também, da falta de oportunidade de vender para aqueles que optaram por levar bebida de casa, em bolsas térmicas conhecidas como 'coolers'.

Ambulante desde o Carnaval de 2019, a técnica de enfermagem Beatriz Almeida de Carvalho revelou que este ano é o que mais tem concorrência. A mulher de 46 anos também destacou que a maioria dos foliões estão economizando e trazem os coolers de casa, o que dificulta nas vendas.

“Esse ano foi quase 90% só cooler e as vendas deram uma caída. A gente consegue vender, mas tem que ficar fora o dia todo para não sair no prejuízo”, afirmou a vendedora.

Assim como Beatriz, Silvia dos Santos também enfrenta dificuldades nas vendas. Emerson Warley, professor de 51 anos , veio para o Bloco Baianeiros e trouxe o cooler para curtir a festa.

Ambulantes reclamam da baixa venda no Carnaval de BH (Bernardo Haddad / Hoje em Dia)

“Valorizo o trabalho de quem está vendendo , mas alguns saem um pouco da realidade. Ontem comprei um Xeque Mate (bebida à base de mate etílico feita em BH), que você compra por R$ 6 no supermercado e os ambulantes cobrando R$20. Fica difícil para todo mundo”, disse o professor.