Uma mulher foi presa em flagrante, suspeita de matar o companheiro e tentar forjar um suicídio em Baldim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O caso ocorreu no último sábado (2).
Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), ao chegarem à residência do casal, os militares encontraram moradores exaltados, alegando que o homem teria tentado tirar a própria vida.
A vítima foi encontrada deitada de costas na cama, com uma poça de sangue sob a cabeça e os braços estendidos ao lado do corpo. Ele ainda apresentava sinais vitais e foi socorrido a um posto de saúde, mas não resistiu aos ferimentos.
Durante a varredura no imóvel, os policiais localizaram uma arma de fogo escondida debaixo da cama, além de duas cápsulas deflagradas e uma intacta.
Em depoimento, a mulher relatou que os dois estavam em uma festa de família, onde consumiram bebida alcoólica. Ainda segundo ela, a discussão começou no caminho de volta, após o companheiro reclamar da falta de atenção por parte dela. Já em casa, afirmou que ele teria se trancado no quarto e tirado a própria vida.
A perícia da Polícia Civil esteve no local e constatou dois disparos de arma de fogo: um atingiu o teto do quarto e o outro, a nuca da vítima. Segundo o perito, a arma do crime estava molhada, o que levanta a suspeita de que tenha sido lavada. Questionada, a mulher disse que ficou muito nervosa e urinou involuntariamente, o que poderia ter contaminado o revólver.
A perícia também apontou que a posição do corpo não condizia com a marca do disparo. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Sete Lagoas, e a mulher foi encaminhada à delegacia de Baldim. Lá, ela passou por um exame que detectou marcas de acionamento de gatilho. A suspeita alegou que trabalha em um supermercado, onde conta moedas durante o dia, além de realizar tarefas domésticas. Ela também afirmou que praticava tiro como CAC (Colecionadora, Atiradora e Caçadora) junto com o marido.
A mulher foi presa após a perícia constatar indícios suficientes de autoria do crime. Uma arma, três cartuchos e dois celulares foram apreendidos.
Ela foi conduzida ao Presídio de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde permanece à disposição da Justiça.
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