Angelina Ferreira, de 44 anos, foi condenada a 30 anos de prisão pelo assassinato de uma jovem, 23, grávida de oito meses, em outubro de 2018, em João Pinheiro, na região Noroeste de Minas. A assassina estrangulou a gestante e a amarrou em um tronco para arrancar o bebê da barriga dela, utilizando uma faca de cozinha.
Segundo o Tribunal de Justiça (TJMG), inicialmente, a pena deverá ser cumprida em regime fechado. Ela foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado, parto suposto e subtração de incapazes.
A mulher simulou estar esperando um filho e a motivação do crime seria evitar que a verdade fosse revelada. Ela confessou o asssassinatol à Polícia Civil na noite seguinte ao crime.
A grávida morava na casa da assassina, que se passava por amiga da vítima. O marido da acusada, 57, foi preso preventivamente na ocasião, mas o inquérito concluiu que ele também foi enganado pela esposa.
O crime
No dia 15 de outubro de 2018, com pretexto de buscar cascas de árvores para um remédio caseiro, a criminosa, na época com 40 anos, levou a vítima a um lugar ermo. Lá, ela jogou álcool no rosto da gestante e amarrada pelo pescoço em uma árvore. Ainda viva, a vítima teve o bebê retirado da barriga com um corte feito por uma faca de cozinha.
Segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a vítima foi encontrada morta em um matagal.
No dia seguinte ao crime, a mulher, acompanhada do marido, chegou ao hospital com o bebê da vítima, machucada, afirmando que teria dado à luz. Por causa da brutalidade do parto, a criança prematura foi ferida na cabeça.
Desconfiados, os médicos pediram que a mulher fosse examinada, mas ela se negou e acabou confessando que o bebê era da jovem e que não sabia onde ela estava.