(Marcos Santos/USP Imagens)
Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que mulheres não brancas (pretas, pardas, amarelas e indígenas) têm 33% mais chance de morrer do que mulheres brancas após denunciarem um caso de violência interpessoal.
De acordo com o estudo, mulheres residentes em áreas rurais e em municípios de pequeno porte (com população inferior a 10 mil habitantes) e mulheres portadoras de alguma deficiência também correm mais risco de morrer.
O estudo faz parte da tese de doutorado defendida em 2022 por Isabella Vitral Pinto, no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG, e analisou mais de 100 mil casos de violência cometidos contra mulheres de 15 a 59 anos, de 2011 a 2016.
“Para chegar aos resultados, foram cruzadas as notificações de violência registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e os dados de óbito registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)", explica.
Ainda de acordo com a pesquisadora, "a condição de vida e a saúde das mulheres pode sim contribuir para o aumento do risco de morte precoce”.
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