
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) ainda analisa a multa a ser aplicada à mineradora Anglo American, depois que dois vazamentos, em 12 e 29 de março, contaminaram o ribeirão de Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata, com 474 toneladas de polpa de minério.
O segundo registro, no entanto, não deverá agravar a penalidade. De acordo com o subsecretário de fiscalização ambiental da Semad, Cláudio Vieira Castro, é preciso que o primeiro caso seja julgado para que a ocorrência do dia 29 seja considerada reincidência.
“Estamos sendo muito criteriosos na definição da multa para que ela não seja derrubada em outras instâncias. O importante é entendermos que a reparação do dano é inegociável e será feita”, afirma.
Na tarde de ontem, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou pedido para que a Justiça determine a suspensão das atividades do empreendimento Minas-Rio, em que ocorreram os acidentes.
Reparos
Por nota, a Anglo American informou que já entregou ao Ibama o laudo sobre a situação do mineroduto, no prazo estipulado de 48 horas. Em relação ao pedido do MPMG, ressaltou que as operações estão suspensas desde quinta.
Conforme a companhia, medidas de contenção e reparação continuam. “São 37 barreiras ao longo do ribeirão. A pluma não alcançou o rio Casca. A empresa mantém mais de 200 profissionais trabalhando na limpeza da calha e das margens do córrego”.
A Anglo American ainda deverá entregar à Semad, em 120 dias, a revisão do programa de gerenciamento de riscos, considerando o contexto dos acidentes.