Risco

Muro de escola ameaça cair na região do Barreiro; sinalização é insuficiente

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
16/06/2023 às 12:41.
Atualizado em 16/06/2023 às 13:02
 (Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Parte do muro da Escola Estadual Celso Machado, no bairro Milionários, região do Barreiro, em Belo Horizonte pode cair a qualquer momento sobre pedestres, carros e alunos. Há cerca de oito meses uma ventania derrubou parte do muro e o restante da estrutura corre risco de desabar, ameaçando a integridade de quem passa pelo local. A direção da escola colocou uma faixa para sinalizar o risco de queda, mas os moradores afirmam que o local não está bem sinalizado. 

A Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) afirmou que as obras de reforma serão iniciadas nos próximos dias, mas os moradores da região afirmam que só irão ter sossego quando ver a obra pronta. 

José Márcio é presidente da associação de moradores e conta que parte do muro caiu em outubro do ano passado, durante a madrugada e que, na época, a SEE-MG abriu um processo de licitação para a reforma da estrutura. Ele relata que uma construtora chegou a colocar tapumes e levou placas de sinalização, mas recusou a obra pouco tempo depois.

Desde então, segundo o morador, houve até mesmo troca na diretoria da escola e nada foi feito por parte da secretaria. José Márcio conta que a nova direção da unidade escolar tem se empenhado em resolver o problema, mas que a resposta do governo é que o processo ainda está na etapa de licitação.

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)


No entanto, após divulgação do problema na imprensa nesta semana, engenheiros e um mestre de obras estiveram no local para avaliar a estrutura e dar início ao reparo, segundo o presidente da associação dos moradores. 

“Tem muita burocracia e morosidade do sistema. A gente fica receoso se vai mesmo fazer a obra e quem sofre com isso é a comunidade escolar e a direção da escola”, lamenta José Márcio. 

O vigilante Marcos Roberto Luis Andrade, de 47 anos, relata que passa constantemente pelo local e que a sinalização é precária. “Ela fica escondida, na parte de dentro do muro da escola e só é possível ver a faixa do outro lado da rua. A gente corre o risco de ‘tá passando’ e ‘do nada’ o muro desabar e cair em cima das pessoas”, alerta o vigilante.

Gisele Gomes, de 40 anos, é mãe de um aluno da escola, também avalia que o local não é bem sinalizado e que a visibilidade da faixa é baixa. Além disso, ela alerta que há um ponto de ônibus em frente ao local de risco, onde muitos idosos esperam pelo transporte e que este público pode não ter o cuidado de observar se o local é de risco ou não. 

“O movimento é intenso na rua, as crianças descem aqui e não tem desvio, não tem informação, e corre o risco de qualquer pessoa sofrer um acidente”, observa a moradora.

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)


O que diz a Secretaria de Educação

Em nota enviada ao Hoje em Dia, a SEE/MG informou que o Governo do Estado repassou  cerca de R$ 300 mil para a Superintendência Regional de Ensino Metropolitana B, responsável pela coordenação da escola, para realizar as obras de reformas e reparo do muro.

A pasta afirmou também que a superintendência já fez a licitação para contratação da empresa que irá realizar obras de recuperação da estrutura e que as intervenções serão iniciadas nos próximos dias, com previsão de conclusão em até seis meses. 

“A SRE também está providenciando junto à empresa vencedora da licitação o isolamento da área para garantir a segurança dos pedestres e toda comunidade escolar”, diz trecho da nota.

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