Mais de 450 profissonais trabalharam nesta quarta-feira (24) para limpar os rastros deixados pelo forte temporal que caiu em Belo Horizonte na noite de terça-feira. De acordo com a prefeitura da capital, foram recolhidas 115 toneladas de resíduos em vários pontos da cidade.

Além de retirar lama, entulhos, galhos, troncos de árvores, para liberar as vias, o trabalho dos cerca de 250 garis da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) incluiu a desobstrução e limpeza bocas de lobo.

Foram usados 27 caminhões, sendo cinco pipas e uma máquina pá-carregadeira. De acordo com a prefeitura, equipes de varrição também atuaram em toda a cidade.

Maiores estragos

As regionais que mais demandaram limpeza foram a Centro-Sul (50 toneladas), Pampulha (26,5 toneladas), Venda Nova (20 toneladas), Noroeste (6 toneladas) e Oeste (1,5 toneladas).

Já a Subsecretaria de Zeladoria Urbana (Suzurb) mobilizou 208 engenheiros, técnicos e encarregados, distribuídos nas nove regionais da capital, e cerca de 30 máquinas, entre retroescavadeiras, caminhões pipa, caminhões munk, caminhões básculas e hidrojatos.

Na região Centro-Sul, equipes de outras regionais se deslocaram para otimizar a limpeza da avenida Prudente de Moraes, ruas Cônsul Cadar e Joaquim Murtinho, bem como de suas respectivas bocas-de-lobo nos bairros São Bento, Cidade Jardim e Santo Antônio. Equipes de manutenção de árvores fizeram o serviço de recolhimento de galhos, troncos e resíduos de 35 árvores afetadas com a tempestade.

Na Pampulha, os serviços se concentraram na limpeza das vias perpendiculares e paralelas à avenida Professor Clóvis Salgado com caminhões-pipa e desobstrução de bocas de lobo, no bairro Bandeirantes e, em especial, no Santa Terezinha, como a avenida Serrana e ruas Expedicionário Jordelino, Alves Monsenhor Nogueira Duarte e Bom Jesus da Penha, entre outras. Somente nessas vias, uma equipe de 27 pessoas usou dois caminhões-pipa e duas retroescavadeiras para limpar 17 vias e desobstruir 65 bocas-de-lobo.

Em Venda Nova, onde o volume de chuva foi próximo de 60mm – o equivalente a 17% da chuva esperada para todo o mês de janeiro em apenas 3 horas –, equipes foram mobilizadas na limpeza da avenida Vilarinho com rua Doutor Álvaro Camargos. A Prefeitura reforça que desde a conclusão da obra em dezembro de 2021, a caixa de captação da Vilarinho armazena 10 milhões de litros de água em eventos de fortes chuvas, volume este que, sem a estrutura, estaria sobre a via, aumentando ainda mais o risco de danos materiais e relativos à vida.

Na região Oeste, as equipes se concentraram na limpeza de bocas-de-lobo nas avenidas Francisco Sá e Silva Lobo, próximo ao viaduto da av. Amazonas, e na retirada de resíduos de árvore no Buritis. Pontos de alagamento na região Leste tiveram desobstrução e limpeza de bocas-de-lobo, como nas avenidas dos Andradas e Silviano Brandão, Via 710 e rua Felipe Camarão, no Horto.

Manutenção

Importante ressaltar que ações de mobilização de pessoal e maquinário acontecem em casos excepcionais e representam um incremento ao serviço de manutenção e cuidados com a cidade que já é realizado rotineiramente pela Subsecretaria de zeladoria Urbana. Diariamente, durante todo o ano, as equipes atuam na limpeza e desobstrução de bocas-de-lobo, tapa-buracos, podas e supressões, nos cuidados com praças e jardins, recapeamento de vias e manutenção dos prédios públicos próprios municipais.

Para se ter uma ideia, em 2023, foram realizadas 36.739 podas e 7.313 supressões de árvores, com investimento de aproximadamente R$ 33,4 milhões, incluindo a conservação e limpeza de praças, jardins e canteiros centrais. Também foram realizadas 113.005 limpezas de bocas de lobo, com a remoção de aproximadamente 1.764 toneladas de resíduos, foram desobstruídos 51,5 km de rede e feitas 2.138 trocas de grelhas. Foram investidos aproximadamente R$ 4,2 milhões neste tipo de trabalho.