No mês dos temporais de verão, choveu em Belo Horizonte menos de 2% do esperado

Sara Lira - Hoje em Dia
13/01/2015 às 07:36.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:39
 (Luiz Costa/Hoje em Dia)

(Luiz Costa/Hoje em Dia)

Castigado pelo calor escaldante, o belo-horizontino vai ter que esperar por pelo menos mais uma semana para ver uma chuvinha. Na capital, registros isolados foram identificados neste mês, como nas regiões Noroeste e Barreiro, com precipitações de 24 milímetros. Porém, até segunda-feira (12), o acumulado em toda a cidade não ultrapassava os 5 milímetros, ou 1,7 % da média histórica para janeiro (296,3 milímetros).

De acordo com o meteorologista Dayan Diniz, do Centro de Climatologia PUC Minas TempoClima, uma massa de ar seco se intensificou nos últimos dias, o que inibe o avanço de frentes frias e, portanto, a formação das típicas chuvas de verão.

A situação deve permanecer assim na região metropolitana até a próxima terça-feira, quando há previsão de chuva. Até lá, devem ocorrer precipitações, mas de baixa intensidade, no Sul de Minas, na Zona da Mata e no Triângulo Mineiro.

 

Alternativas

Com tanto calor, quem está em solo mineiro cria alternativas para amenizar a sensação térmica. Os amigos Matheus Pizani, de 24 anos, e Camila Morais, de 17, aproveitaram um passeio pela Praça da Liberdade para se refrescar. “O calor está demais e a falta de chuva piora a situação”, disse Pizani. A máxima em BH, nos últimos dias, tem girado em torno dos 33°C.

A estudante Júlia Werneck, de 20 anos, apostou no sorvete para espantar o calor. “Gosto do calor, mas tenho achado o tempo muito seco por causa da falta de chuva”.

 

Atenção

Na segunda-feira (12), a cidade sofria mais uma consequência da falta de chuva. A Defesa Civil Municipal emitiu alerta de baixa umidade do ar, que estava em torno de 20 a 30%, índice que caracteriza estado de atenção.

O patamar mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 60%.

Com a baixa umidade, muita gente começa a ter problemas respiratórios, como explica o pneumologista Maurício Meireles Góes. “Quem tem doenças respiratórias pode ter crises, e aquelas pessoas que não têm podem sentir um desconforto no nariz e na garganta”, salienta.

Para minimizar esses problemas, o ideal é beber bastante água, umidificar o ambiente com vaporizador ou bacia com água e, sempre que possível, permanecer em locais com sombra, além de evitar exposição ao sol nos horários entre 10h e 16h.  

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