Com um público menor em relação a outros anos, mas a animação de sempre, o "Então, Brilha!" carregou uma multidão pela avenida dos Andradas neste sábado (18) pedindo alegria, enaltecendo a negritude e condenando o racismo.
Em meio a grandes sucessos do axé, canções repudiavam o fascismo e a discriminação, repetindo expressões como "nossa carne (a negra) é a mais barata do mercado". A frase é usada com frequência em protestos contra a violência e o assassinato de pessoas pretas, inclusive pelas forças de segurança do Estado.
A pegada de contestação, uma das marcas do bloco rosa e dourado, foi só um dos destaques do desfile desta manhã. Houve homenagens a Maurício Tizumba e Dona Eliza - um dos principais nomes da velha guarda do samba em Minas - e gritos de "viva a negritude". A importância da ancestralidade feminina negra também foi lembrada.
As falas por justiça, porém, não tinham o tom de alimentar nenhuma rivalidade. "Esse desfile é um ritual de paz do carnaval. Porque a gente luta é pra ser feliz", disse o vocalista do trio.
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