No ritmo do axé, 'Então, Brilha!' protesta contra 'limitação' da folia e pede respeito às mulheres
Outras manifestações, como contra a mineração na Serra do Curral, também marcam a apresentação
Com a animação de sempre e, claro, críticas a problemas atuais da sociedade, o "Então, Brilha!" arrasta uma multidão pelo Centro de Belo Horizonte. Antes mesmo do trio elétrico dar a partida, o grupo destacou que é contra sonorização do Carnaval. Depois, no ritmo de grandes sucessos do axé, os cantores pediram respeito às mulheres.
Na avaliação do Brilha, o sistema de som criado pelo governo estadual, instalado na avenida dos Andradas, teria como objetivo "centralizar" e "limitar" os blocos, uma forma de "controle" da festa mais popular do país.
“O Então, Brilha! mantém a tradição de sair em uma região onde já construiu um legado, uma história. É preciso garantir aos blocos liberdade e diversidade” , afirmou Di Souza, maestro da bateria. Ao longo do cortejo surgiram outras manifestações contra o governador Romeu Zema (Novo).
Em cima do trio, algumas cantoras também reforçaram a luta contra o assédio às mulheres. Essa bandeira, inclusive, sempre marca presença nos desfiles do bloco.
A atuação de mineradoras na Serra do Curral, um dos principais cartões-postais da capital, também foi lembrada. Wesley Duarte, do Coletivo Lambuzados, de Contagem, na Grande BH, estava com as roupas sujas de lama e sangue para protestar.
Com expectativa de recorde de público, o Carnaval de BH contará com a 54 desfiles apenas neste sábado. Além do Então Brilha!., a festa segue ao longo da manhã e tarde com os blocos da Calixto, Volta Belchior, Unidos da Estrela da Morte, Tchanzinho Zona Norte e Quando Come Se Lambuza.
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