O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) lançou nesta semana a linha de crédito "BDMG Verde", focada em financiar iniciativas de controle de poluição, energia renovável — incluindo hidrogênio verde, usinas de biometano e aquecimento solar — além de tratamento e redução de resíduos industriais, transporte limpo e compra de máquinas eficientes.
Conforme o BDMG, o novo produto amplia a carteira de financiamentos para empresas, oferecendo condições diferenciadas para médios e grandes negócios em todas as cidades do estado. As taxas de juros partem de 1,9% ao ano + Selic, com um prazo de pagamento de até 144 meses, incluindo uma carência de 24 meses.
A iniciativa pretende incentivar empresas de diversos setores a aderirem à economia verde, alinhando-se a uma diretriz do Governo de Minas. "Essa linha vai gerar avanços no setor produtivo mineiro. Incorporar produtos e processos de baixa emissão de carbono, redução de impactos ambientais e que incorporem a sustentabilidade social e econômica não é só mais um diferencial no mercado, é uma exigência. Os próprios consumidores estão atentos a esse comportamento", afirma Gabriel Viégas Neto, presidente do BDMG.
Alfenas Ambiental
Um exemplo de "crescimento verde" já em andamento é o novo investimento da Alfenas Ambiental, no Sul de Minas: a construção da Termoverde. Este projeto inovador vai gerar energia limpa a partir da captação do biogás gerado em aterros sanitários, com previsão de início das operações em julho.
O empreendimento, que se destaca por ser economicamente viável e ambientalmente responsável, foi financiado pelo BDMG, que espera viabilizar ações semelhantes a partir da criação da linha BDMG Verde. A Alfenas Ambiental é especializada no tratamento e destinação adequada de resíduos sólidos urbanos e industriais, além de ser responsável pela limpeza urbana de Alfenas.
"A Termoverde nos posiciona como referência em soluções ambientais inovadoras, amplia a nossa competitividade, capacidade de atendimento e contribuição para um modelo de desenvolvimento sustentável”, afirma Wânia Pinheiro Magalhães, diretora financeira da empresa. Ela ressalta que, além das condições financeiras, a escolha pelo financiamento junto ao BDMG se deu pela atuação do banco na pauta ambiental. “O BDMG foi escolhido por sua credibilidade, proximidade com as necessidades das empresas mineiras e, sobretudo, pelo compromisso com o desenvolvimento sustentável. Essa escolha representa uma parceria alinhada com nossos valores e objetivos de longo prazo”, completa.
Inicialmente, a Termoverde terá capacidade de gerar 1 MW/h de energia, suficiente para abastecer cerca de 3 mil famílias de quatro pessoas por mês. Essa energia poderá ser utilizada para compensar os gastos da própria empresa com eletricidade e pode se tornar uma nova fonte de renda por meio do arrendamento da planta. Além disso, há o potencial de incremento econômico com a venda de créditos de carbono.
Com informações da Agência Minas