Região Noroeste de BH

Nunca tivemos problemas, diz organizador da 'Rua da Copa', após Cemig pedir a retirada dos enfeites

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
20/10/2022 às 18:08.
Atualizado em 20/10/2022 às 18:23
Cemig e organizador da "Rua da Copa" tentam entrar me acordo em relação aos enfeites (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Cemig e organizador da "Rua da Copa" tentam entrar me acordo em relação aos enfeites (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Desde 1994, sempre em ano de Copa do Mundo, a rua Francisco Bicalho, no Caiçaras, região Noroeste de Belo Horizonte, realiza a personalização do local com as cores do Brasil. Este ano, porém, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) solicitou a retirada dos enfeites aéreos, por “questões de segurança”.

A medida, porém, pegou de surpresa o organizador da "Rua da Copa", o comerciante Júlio Freitas. "Eles chegaram pela manhã já com o ofício e prontos para retirarem tudo. Nós batemos o pé e começamos a tentar negociar, até que eles recuaram ao menos um pouco".

O enfeite da rua já se tornou uma tradição, sendo realizada desde a conquista do tetracampeonato da Seleção Brasileira em 1994 e, segundo o organizador, nenhum órgão público jamais solicitou a retirada da decoração.

"Meu pai já tinha o costume de enfeitar a rua desde 1994 e, até hoje, continuamos com a tradição. E nos causou estranheza o pedido da Cemig, pois durante todo esse período nem a companhia (energética) nem qualquer outro órgão entrou em contato sobre a forma de enfeitar a rua ou solicitando que retirássemos algo", disse Júlio Freitas.

Segundo o comerciante, nenhum problema foi registrado no local por conta da ação. "Nunca tivemos nenhum relato de acidente ou problema em postes devido a esses enfeites que fazemos. Pelo contrário, todos os problemas em postes da Cemig aqui foram em períodos sem enfeites".

Agora, os organizadores e a estatal de energia tentam chegar a um acordo em relação às bandeirinhas e adornos que estão pendurados na rua Francisco Bicalho.

Em nota, a Cemig informou que solicitou a retirada pois é proibido instalar objetos e itens de decoração em postes e outros componentes da rede elétrica por conta dos riscos de acidentes. Também informou que, na próxima segunda-feira (24), irá comparecer no local para fazer a retirada dos enfeites aéreos.

Júlio Freitas, porém, disse que não foi combinado nada com a companhia, em relação à retirada ou permanência dos enfeites. "Nós ainda não chegamos a um consenso sobre a situação dos enfeites. Iremos conversar pessoalmente sobre a situação. Mas  ainda sem data para a reunião".

Caso não seja firmado um acordo, o comerciante anunciou que pretende ir à Prefeitura de Belo Horizonte para tentar uma solução. "A Cemig informou que, se tirarmos a ornamentação dos postes, está tudo liberado. Então, uma tentativa seria solicitar à PBH algum tipo de suporte provisório para pendurarmos os enfeites. Mas não sei se daria certo".

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