‘O Drex será o PIX dos grandes momentos da vida’, diz analista do Banco do Brasil no Minas Summit
Sthefano Cordeiro, Diogo Gonçalves e Marcos Ferraz debateram sobre a nova moeda digital do Banco Central e também sobre o futuro das criptomoedas no Brasil
O Drex, moeda digital brasileira, foi um dos destaques na manhã desta quinta-feira (5) durante o Minas Summit 2025, evento de inovação corporativa realizado no Minascentro, em Belo Horizonte. A nova moeda do Banco Central foi tema do painel “Drex e o Futuro das Criptomoedas no Brasil”, que discutiu os impactos e os próximos passos da iniciativa.
Participaram da discussão Diogo Gonçalves, fundador da Diogo e sua Grana; Marcos Ferraz, fundador da Kraken Holding; e Sthefano Cordeiro, coordenador de produtos do Banco do Brasil. Cordeiro aproveitou para esclarecer dúvidas e desmentir boatos, como a falsa informação de que o Drex substituiria o Pix.
“O Drex não vem para substituir o Pix. Além de ser uma moeda oficial digital, ele será uma plataforma multinegócios. Será o Pix dos grandes momentos da vida. Não vamos movimentar apenas dinheiro, mas também bens e ativos”, afirmou.
A proposta, segundo Marcos Ferraz, é facilitar transações de maior valor, como compra e venda de imóveis, veículos ou o pagamento de financiamentos de grande porte.
“O Drex não será obrigatório, mas as vantagens vão ser tão claras que todo mundo vai querer usar. Imagine comprar ou vender um carro sem precisar ir ao cartório, que é algo completamente ultrapassado”, exemplificou.
O que é o Drex?
Antes conhecido como real digital, o Drex ganhou esse nome em 2023, com o início dos testes em ambiente fechado, no chamado Piloto Drex. A sigla carrega significados: “d” e “r” fazem referência ao real digital; “e” vem de eletrônico; e o “x” remete à ideia de conexão, associada à tecnologia que sustenta o sistema.
Ainda não há uma data definida para o lançamento oficial, que depende da conclusão da fase de testes.
A moeda digital terá paridade total com o real tradicional, será regulada pelo Banco Central e operará exclusivamente dentro da plataforma do Drex. A proposta é permitir transações financeiras seguras envolvendo ativos digitais. Todo o processo será intermediado por instituições financeiras autorizadas, como bancos, que farão a conversão do saldo da conta bancária para a carteira digital.
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