O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PY) defendeu a polarização durante a campanha à presidência, dizendo que ela é "saudável".
Ao ser questionado pelos entrevistadores sobre a militância petista que era "agressiva com quem pensava diferente" e que "passou anos dividindo o Brasil", segundo a pergunta formulada pelo jornalista William Bonner, na noite desta quinta-feira (25), durante a sabatina no Jornal Nacional, Lula voltou a usar as tradicionais comparações com o futebol e chegou a perguntar se Bonner torcia para algum time.
"Militante é como torcida organizada. No jogo de ontem ( São Paulo e Flamengo, pela Copa do Brasil) o Rafinha (São Paulo) engrossou com o Filipe Luís (Flamengo), depois eles se abraçaram", exemplificou o candidato.
Lula complementou dizendo que: “Quando você tem democracia, a polarização, é saudável, é estimulante, faz a militância carregar a bandeira, sem estímulo ao ódio”, afirmou. "O importante é que você não confunda polarização com ódio", destacou".
O candidato classificou a polarização entre o PT e o PSDB em disputas eleitorais passadas como "bons tempos". E afirmou que “a gente era adversário, mas não se tratava como inimigo”.
Lula afirmou, ainda, que aprendeu a negociar e citou uma frase do educador Paulo Freire: “De vez em quando, a gente precisa estar junto com os divergentes para vencer os antagônicos”, numa referência ao seu rival nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição.
Ao se referir ao seu candidato a vice-presidente na chapa, Geraldo Alckimin, (PSD) e antigo adversário político em várias eleições, Lula afirmou que "ele já foi aceito pelo PT de corpo e alma. Tenho 100% de confiança nele como ex-governador de São Paulo".
Leia mais