Da idolatria ao ódio. Ao apontar o goleiro Bruno como mandante do sumiço e morte de Eliza Samudio, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, encerrou uma amizade de quase 20 anos. A delação comprometeu ainda mais a situação do ex-atleta do Flamengo que, segundo especialistas, pode ser condenado a mais de 30 anos de prisão e ter a carreira no futebol encerrada. Durante o julgamento, Macarrão confessou que levou a vítima “para a morte” a mando do jogador e afirmou temer pela própria vida.
Um amigo próximo, que preferiu não se identificar, diz que o ex-braço-direito de Bruno quer ser transferido de unidade prisional e inserido em um programa de proteção a testemunhas. Ele também estaria arrependido de ter feito a tatuagem nas costas em homenagem ao goleiro.
Leonardo Diniz, advogado de Macarrão, não foi encontrado para comentar o assunto. Apesar das evidências de uma inimizade, o defensor de Bruno, Lúcio Astolfo da Silva, declarou ao Hoje em Dia na quinta-feira que o atleta, mesmo decepcionado, continuaria amigo de Macarrão.
Condenação severa
Na avaliação do jurista Luiz Flávio Gomes, se condenados pelo júri popular, Bruno e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, podem receber pena superior a 30 anos. Segundo ele, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues deverá ser severa, já que ao sentenciar Macarrão foi rigorosa.
A projeção do jurista é a de que Bruno e Bola peguem, cada um, 24 anos de prisão pela morte de Eliza, cinco anos por sequestro e cárcere privado e mais dois por ocultação de cadáver, o que somaria 31.