
As obras para finalizar quatro hospitais regionais de Minas, anunciadas pelo governo estadual semana passada, não são para atender a demanda de pacientes com o novo coronavírus, pelo menos nos próximos meses. O esclarecimento foi feito pelo secretário da Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva nessa quarta-feira (6).
As intervenções estão previstas para unidades de saúde de Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete, na região Central, Divinópolis, no Centro-Oeste, e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Conforme Amaral, a conclusão das instituições não ficará pronta a tempo de absorver a urgência da Covid-19.
"São hospitais grandes, que terão obras demoradas e que precisarão ser ajustadas com o tempo. O que temos hoje é o direcionamento da retomadas dessas obras", disse o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Segundo ele, as cidades contempladas para receber as intervenções sofreram danos sociais e ambientais após os rompimentos das barragens em Brumadinho, no ano passado, e Mariana, em 2015. Não há previsão para o término das construções.
As obras são feitas com parte dos R$ 645 milhões recebidos pela Vale e Samarco, referente às indenizações dos desastres em Brumadinho e Mariana. Os valores pagos pelas mineradoras serão empregados em mais de 50 ações.
Ocupação de leitos
A SES está fazendo uma revisão global dos leitos em hospitais públicos e privados de Minas. Segundo Carlos Eduardo Amaral, a intenção é ter uma avaliação mais exata sobre o que o Estado está fazendo no tratamento a pacientes, especialmente os diagnosticados com a Covid-19.
Por causa desse levantamento, a secretaria não irá informar, no momento, como está a taxa de ocupação no Estado. “Mas para pacientes suspeitos ou confirmados com Covid vem se mantendo entre 3% e 5% em relação às internações globais”, afirmou Amaral. O último dado apresentado pela pasta foi de ocupação de 59% dos leitos (clínicos e de terapia intensiva) hospitalares em Minas.