Mesmo em dificuldade financeira, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pretende concluir oito hospitais regionais, até o fim de 2016, que estão com cronogramas atrasados. Entre eles, os de Governador Valadares (Leste) e Teófilo Otoni (Vale do Mucuri) tiveram as obras suspensas em janeiro deste ano porque a verba estava vinculada ao orçamento 2015, que não foi aprovado pela Assembleia Legislativa em tempo hábil. A previsão foi repassada nessa quarta (15), durante apresentação do Diagnóstico da Saúde de Minas. Ao todo, o Estado deverá ter 12 hospitais regionais, no entanto, apenas o de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, está pronto. A expectativa do secretário Fausto dos Santos é a de que o de Uberaba (na mesma região) seja concluído “o mais breve possível” por estar com 90% das obras acabadas. Para finalizar as unidades de Valadares, 75% pronto, e de Teófilo Otoni (35%), serão necessários cerca de R$ 80 milhões. Já para as de Sete Lagoas (44,7% concluída), Divinópolis (81,6%), Juiz de Fora (66,2%) e Além Paraíba (15%) serão necessários cerca de R$ 125 milhões. O orçamento previsto para a pasta em 2015 é de R$ 6 bilhões. Também com obras paradas, o de Conselheiro Lafaiete (83,1%) não tem previsão de valor complementar para terminar a unidade. Já os hospitais regionais de Nanuque, Novo Cruzeiro e Montes Claros – ao custo total de R$206 milhões – não têm previsão de serem iniciados. Outra proposta da atual gestão, e tida como prioridade, é expandir o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No caso do de BH, a rede deve atender às 104 cidades da região Macrocentro, como Sete Lagoas e Curvelo. Medicamentos O secretário garantiu que irá priorizar o acesso do usuários a medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em janeiro, de acordo com Fausto dos Santos, 165 tipos de remédios estavam em falta na rede. Hoje, o número caiu para 116, após a realização de três pregões para a reposição. “Vamos utilizar diversas formas de aquisição e de distribuição para que o usuário seja atendido”. Diagnóstico
Fausto dos Santos criticou a forma como a gestão passada conduziu o setor. “Foi ineficiente e não tinha foco no usuário”. De acordo com ele, R$ 93,6 milhões de recursos da União que deveriam ser repassados para municípios e prestadores de serviços foram retidos pelo Estado a partir de setembro de 2014. Secretário de Estado de Saúde entre 2010 a 2013, o deputado estadual Antônio Jorge (PPS) rebateu as críticas e destacou que a gestão anterior “fortaleceu políticas voltadas para os pacientes, como transporte de saúde e os consórcios intermunicipais”. Já o bloco da oposição na Assembleia Legislativa irá se pronunciar nesta quinta (16) sobre o assunto, em uma entrevista coletiva.