(Carlos Rhienck/Hoje em Dia)
As mais de 50 famílias que integram a ocupação Nelson Mandela, no Aglomerado da Serra, na região Centro-sul de Belo Horizonte, ganharam, nesta quinta-feira (26), mais prazo para deixar o local e terão auxílio para custear moradia enquanto aguardam o reassentamento definitivo. As conquistas são resultados do encontro realizado na Cidade Administrativa, entre representantes do Estado, da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e integrantes de ocupações em Minas Gerais. Na reunião, a PBH concordou em solicitar a suspensão da decisão judicial de reintegração de posse, que estava marcada para 6 de março. Com o acordo, as famílias vão ter 30 dias (prorrogáveis por mais 15) a partir desta quinta-feira para desocupar o local e encontrar uma habitação provisória, que será custeada por bolsa moradia fornecida pelo governo mineiro por meio de convênio com a PBH. A bolsa moradia será de R$ 500 mensais por família. O benefício será oferecido até que ocorra o reassentamento em local definitivo em Belo Horizonte e região. O presidente da Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab), Claudius Vinicius Leite Pereira, representante do governo, considerou a reunião um avanço. “Demos mais um passo. Conseguimos contornar a questão da ocupação Nelson Mandela. Foi uma negociação como deve ser, onde todas as partes buscaram o acordo e aproximar um ponto do outro”, disse. “As pessoas estão aumentando a confiança entre elas. À medida que essa confiança aumentar, as soluções vão ser mais fáceis”, frisou. Além de custear a bolsa moradia, o Estado vai apoiar as famílias e a PBH no processo de procura de um lar provisório. A Cohab vai colocar à disposição das partes equipes técnicas e veículos. “Saímos numa resultante que evitou o pior, que é o conflito, e encontramos uma solução boa para todas as partes”, afirmou Claudius. Próximas pautas Na ocasião, também foram tratados os casos das ocupações de Barreirinho, em Ibirité, e da cidade de Timóteo. Assim como aconteceu no caso de Nelson Mandela, o presidente da Cohab acredita num processo saudável de negociação junta às prefeituras. “Outras ocupações foram pautadas e propusemos algumas medidas iniciais para ver as possibilidades e os mecanismos que podem ser usados para equacionar os problemas”, contou o presidente da Cohab. Segundo ele, outros casos semelhantes vão ser apresentados e os mais urgentes vão ser tratados com prioridade. (* Com Agência Minas)