Onda de calor do Rio Grande do Sul não deve chegar a Minas, mas temperatura volta a subir na quinta

João Paulo Martins
joao.oliveira@hojeemdia.com.br
10/01/2022 às 15:37.
Atualizado em 18/01/2022 às 00:51
 (FOTO: MAURICIO VIEIRA / JORNAL HOJE EM DIA)

(FOTO: MAURICIO VIEIRA / JORNAL HOJE EM DIA)

Nesta segunda, a MetSul Meteorologia publicou em seu Twitter a informação de que o Rio Grande de Sul enfrentará uma onda de calor recorde, com temperaturas máximas chegando a 43º C, o que não é registrado desde 1943. O motivo seria uma enorme massa de ar quente estacionada entre Argentina, Uruguai e Paraguai.

ATENÇÃO - ALERTA | Uma excepcional e incomum onda de calor extremo atingirá o Centro da América do Sul. Recordes de décadas e talvez de um século cairão. Risco de incêndio será extremo. É alto o risco de falta de água e cortes de luz na região. https://t.co/xsKiGwrrfs— MetSul.com (@metsul) January 9, 2022

Será que essa onda de calor pode chegar a Minas, que vem sofrendo com o excesso de chuvas dos últimos dias?

De acordo com o meteorologista do Instituto de Meteorologia (Inmet) da 5ª Região, em BH, Claudemir de Azevedo, a forte massa de ar quente afetará o Centro-oeste e o Sudoeste gaúchos, aumentando em até cinco graus a média de temperatura para o período, mas não há perspectiva de que chegue a Minas.

"A massa de ar quente está afetando o norte da Argentina e o Paraguai. Não vamos passar o sufoco das chuvas, novamente, mas não teremos essa onda de calor por aqui", diz o especialista.

A previsão é de que a partir desta quinta-feira (13), a temperatura volte a subir na capital mineira, alcançando 28º C. Na sexta, a máxima deve chegar a 30º C. Em relação às chuvas, não devemos ter o mesmo cenário dos últimos dias, apenas pancadas típicas de verão.

Massa de ar quente
Quem também confirma que a mudança no tempo em Minas não terá a influência da enorme massa de ar quente citada pela MetSul é o meteorologista da ClimaTempo, Ruibran dos Reis.

"Na segunda quinzena de janeiro a previsão é de temperaturas de quatro a cinco graus acima do normal. Fevereiro também será muito quente", revela o meteorologista.

Ruibran explica que as mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global são responsáveis pelos fenômenos extremos que vemos no Brasil e em outras partes do mundo, com muita chuva ou muito calor.

O aumento das temperaturas e a redução das chuvas em Minas, segundo ele, se deve a uma massa de ar quente que virá do Centro-Oeste do Brasil. "Ela trará calor para as regiões do Triângulo Mineiro, Norte, Noroeste nesta semana e, em seguida, para as regiões Central, Sul e Leste na segunda quinzena de janeiro".

Para quem gosta de dias mais quentes, a previsão é de que as máximas fiquem na casa dos 30º C. Ruibran dos Reis reforça que, até o final de janeiro, não há previsão de dias chuvosos como os que tivemos no Estado e que causaram tantos transtornos.

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