SAÚDE

Onda de calor reforça alerta para risco de desidratação, que obrigou internação de 2,3 mil mineiros

Maioria dos pacientes é formada por crianças de até 9 anos e idosos com mais de 60

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
25/09/2023 às 08:23.
Atualizado em 25/09/2023 às 12:28
É importante se atentar para a ingestão de água, evitando sua substituição por bebidas adocicadas, como refrigerantes (Bearfotos/Freepik)

É importante se atentar para a ingestão de água, evitando sua substituição por bebidas adocicadas, como refrigerantes (Bearfotos/Freepik)

Nada menos que 2.301 pessoas ficaram internadas em unidades de saúde de Minas por desidratação nos primeiros sete meses deste ano. A média é de pelo menos 10 hospitalizações por dia. A maioria dos pacientes é formada por crianças e idosos. Em meio à onda de calor, médicos e autoridades reforçam os cuidados com a saúde.

Do total de pacientes, 1.178 têm mais de 60 anos. Outros 384 são crianças de até 9 anos. O balanço é da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Além dessas faixas etárias, o alerta para reforçar a hidratação vale especialmente para o público mais vulnerável, como pessoas com problemas cardíacos, respiratórios ou de circulação, diabéticos e gestantes.

Minas Gerais está na lista dos estados mais impactados pela onda de calor que atinge o Brasil. A previsão de temperaturas elevadas, associada à ausência prolongada de chuvas, faz acender o alerta para perigos como a desidratação.

Nesse período, a população deve tomar cuidados com a saúde, priorizando a hidratação do corpo e a umidificação de ambientes, para evitar a desidratação e a incidência maior de doenças respiratórias, além de dores de cabeça, irritações nos olhos, nariz, garganta e pele.

A referência técnica da Diretoria de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade da SES-MG, Carolina Guimarães, reforça a urgência. “É importante se atentar para a ingestão de água, evitando sua substituição por bebidas adocicadas, como refrigerantes, néctares, sucos artificiais e bebidas alcoólicas”, detalha.

Conforme a especialista, a ingestão insuficiente de água faz com que o corpo apresente sinais que vão bem além da sensação de sede e de boca seca. Dentre eles, urina escura, cansaço, pele ressecada e até prejuízo na função renal. 

Em caso de transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia, é fundamental procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa para atendimento.

“Para evitar um possível quadro de desidratação, em geral recomenda-se a ingestão média de dois litros de água por dia. No entanto, essa quantidade pode variar, dependendo da temperatura, atividades que a pessoa realiza e se estará exposta ao sol”, explica Carolina Guimarães.

De acordo com Daniela Dutra, também referência técnica da Diretoria de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade, outro fator a ser considerado na avaliação da quantidade e da frequência de ingestão diária de líquidos é a faixa etária. No caso dos idosos, por exemplo, recomenda-se uma frequência maior.

“Isso porque, com o avanço da idade, ocorre a redução da sensação de sede, bem como da percepção do calor, além do aumento da perda de líquidos pelo organismo, fazendo com que a desidratação nesse público aconteça de forma mais rápida”, salienta.

Em relação às crianças, é importante que os responsáveis estimulem os filhos a tomarem água já que eles nem sempre sinalizam aos adultos quando sentem sede.  “É muito importante se atentar para os primeiros sinais de sede e satisfazer de pronto a necessidade de água indicada pelo nosso organismo”, reforça ela.

Veja outras recomendações:

  • Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h;
  • Utilizar roupas leves, bonés ou chapéus e protetor solar;
  • Deixar as janelas abertas em casa e em veículos sem ar-condicionado;
  • Manter ambientes úmidos com toalhas molhadas, umidificadores de ar ou mesmo baldes com água;
  • Tomar banhos ligeiramente mornos, evitando a mudança brusca de temperatura.

Aliados para reforçar a hidratação

Daniela explica, ainda, que frutas e verduras contêm grande potencial complementar na hidratação. “Frutas como melancia, melão, acerola, laranja, mexerica e abacaxi possuem alta composição de água, além de vitaminas e minerais. Sucos e picolés feitos do suco natural de frutas também são uma boa alternativa”, orienta. 

Ela ainda reforça que é preciso dar preferência a alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, legumes, hortaliças, cereais, leguminosas e carnes magras. “Especialmente nesses dias mais quentes, recomenda-se evitar alimentos e preparações gordurosas e buscar uma alimentação mais leve e saudável”, conclui a técnica.

* Com informações da Agência Minas

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