Em Unaí

Operação em Minas, no Pará e no DF desarticula organização criminosa de pirâmide financeira

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
05/05/2022 às 18:52.
Atualizado em 05/05/2022 às 19:00
 (Divulgação / MPMG)

(Divulgação / MPMG)

Uma megaoperação da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais desarticulou uma organização criminosa e resultou na prisão de oito pessoas que atuavam em um esquema de pirâmide financeira em Unaí e região.

De acordo com a delegada da PCMG, Gabriela Mol, os investigados tamém são suspeitos de praticar crimes conexos contra a ordem tributária, a economia popular e também lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, o grupo captava recursos financeiros com a promessa de lucros exorbitantes aos investidores. As prisões foram feitas nesta quinta-feira (5) em quatro cidades de Minas - Belo Horizonte, Contagem, Guanhães e Unaí - , em Belém, no Pará, e em Brasília, no  Distrito Federal.

Além das prisões preventivas, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão. O bloqueio das contas bancárias dos envolvidos e os ativos financeiros somam R$ 2 milhões. 

De acordo com o Ministério Público, os membros da organização criminosa utilizavam a fé como principal meio de obter investidores para os supostos serviços financeiros que ofereciam. O chefe do grupo se apresentava como “homem de Deus”, honesto e de conduta ilibada. 

E, com oratória afiada e utilizando-se de passagens bíblicas, jargões de cunho religioso e, até mesmo, músicas gospel, ele conseguia ludibriar as vítimas, convencendo-as a apostarem suas economias nas fraudes. 

(Divulgação / MPMG)

(Divulgação / MPMG)

As empresas do grupo criminoso ofereciam serviços financeiros de “altíssima e ilusória rentabilidade”, sob a promessa de juros remuneratórios de 8,33% ao mês para pessoa física e de 10% ao mês para pessoa jurídica. 

No entanto, as investigações mostraram que a forma de atuação dos criminosos se assemelha ao modo de agir de grandes organizações criminosas responsáveis por delitos altamente complexos, conhecidos como pirâmides financeiras.

A operação recebeu o nome de “Mercadores do Templo”, em alusão ao momento bíblico em que Jesus expulsa do Templo de Jerusalém os mercadores que estavam usando a casa de Deus para fazer negócios e roubar o povo.

Além do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a operação teve apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Central de Belo Horizonte, Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Gaecos regionais de Pouso Alegre e Governador Valadares, da Central de Apoio Técnico do MPMG, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária, da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos, além da Polícia Militar, dos Ministérios Públicos do Pará e do Distrito Federal e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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