Operação prende três cabos da PMMG por posse ilegal de armas e munição; um deles tinha até granada
Foram apreendidos granadas, munições e dinheiro em ações que ocorreram em BH, Contagem e Governador Valadares

Três militares da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foram presos em flagrante durante uma operação da Corregedoria da corporação na terça-feira (1º). As prisões ocorreram em Belo Horizonte, Contagem, na região metropolitana da capital, e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.
Durante o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão, foram apreendidos cerca de R$ 40 mil em dinheiro, aproximadamente 290 munições, sete granadas, cinco armas de fogo e balanças de precisão. Os policiais detidos são suspeitos do crime de peculato.
Na residência de um dos militares presos, em Contagem, foi encontrada uma bolsa contendo três granadas de luz e som, duas de lacrimogêneo, uma de efeito moral e uma de pimenta. O material estava no quarto do filho do policial, em cima de um guarda-roupas.
O militar alegou desconhecer a procedência do material e não soube explicar como a bolsa foi parar no imóvel. No entanto, uma consulta aos sistemas de controle da Polícia Militar revelou que o lote das munições químicas havia sido adquirido pela própria corporação. O policial foi levado para a Polícia Judiciária Militar para as devidas providências.
Outra prisão ocorreu em Governador Valadares. Na casa de um cabo da PMMG, no bairro Grã Duquesa, foram localizadas diversas munições de fuzil, além de um revólver calibre 38. A terceira prisão da operação aconteceu na capital mineira.
O capitão Rafael Veríssimo, porta-voz da PMMG, destacou que a operação reforça o compromisso da instituição com a transparência. Ele afirmou que a Polícia Militar busca apurar devidamente qualquer situação de desvio de conduta e aplicar as punições cabíveis.
"A polícia não compactua com nenhum tipo de ilegalidade. Esse tipo de investigação de possível desvio de conduta dentro da corporação é feito regularmente. Os policiais foram encaminhados para as delegacias da Polícia Civil, onde estão sendo ouvidas todas as testemunhas, os envolvidos e os autores dos crimes. Agora cabe à Civil dar andamento às investigações e definir as punições", explicou o capitão.