A região de Ouro Preto, no Centro de Minas, está em "claro processo de degradação biofísica". A análise é de estudo feito pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que foi divulgado nessa quinta-feira (9).
Segundo os pesquisadores, as "futuras gerações terão menos recursos naturais à disposição, o que poderá dificultar ainda mais a busca por qualidade de vida".
Entre os problemas apontados estão o aumento populacional e a expansão das áreas urbanas e das atividades produtivas e industriais, sem o devido controle. Isso prejudica a fauna e a flora nativas, além da reduzir os recursos hídricos.
Outro impacto citado pela Ufop é o aumento do risco geológico na região. Vale lembrar que em janeiro deste ano, Ouro Preto registrou um deslizamento de terra que destruiu um casarão tombado do século XIX, na Praça da Estação.
O levantamento recomenda que o município "tome rédeas do próprio destino e planeje o uso e a ocupação do território de maneira mais inteligente".
Melhorias socioeconômicas
Ainda conforme os pesquisadores, os dados sugerem que há melhorias de indicadores socioeconômicos da cidade, mas também uma estagnação. "Ouro Preto aparenta passar por um processo de troca entre qualidade ambiental e ganhos de infraestrutura e de melhorias pontuais socioeconômicas", afirma o estudo.
Apesar disso, não está claro se essa mudança se reflete no bem-estar da população. "As administrações públicas, empresas e cidadãos não têm sido capazes de ocupar, gerir e planejar o território ouro-pretano de maneira sustentável", dizem os pesquisadores.
Veja conclusões do estudo:
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Ouro Preto sobre os pontos levantados pelo estudo e aguarda retorno.
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