Santa Amélia

Pacientes sofrem com falta de profissionais e demora no atendimento após agressão a médico em BH

Até mesmo usuários com consultas agendadas têm enfrentado atrasos

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
09/11/2023 às 11:31.
Atualizado em 09/11/2023 às 15:46
Havia uma grande fila de espera no local. (Valéria Marques/Hoje em Dia)

Havia uma grande fila de espera no local. (Valéria Marques/Hoje em Dia)

As covardes agressões a um médico e outros trabalhadores no centro de saúde Santa Amélia, em Belo Horizonte, desfalcaram a equipe e prejudicaram o socorro aos pacientes. Usuários reclamam de demora para conseguir atendimento na unidade da região da Pampulha. Em alguns casos, a espera passa de três horas. Mesmo as pessoas com agendamentos têm enfrentado atrasos.

Na manhã desta quinta-feira (9) a movimentação era intensa no local. Uma mulher, que pediu para não ser identificada, disse que tentava desde o início da manhã uma consulta com um clínico-geral. Ela contou que estava com sintomas de Covid-19. Outra usuária relatou que a consulta agendada com antecedência estava atrasada.

Um funcionário da unidade de saúde confirmou que os atendimentos estavam reduzidos, e que não havia previsão para quem aguardava no pronto-atendimento.

Por nota, a PBH informou que trabalha para manter a assistência necessária aos usuários do centro de saúde. "Devido à situação de violência ocorrida na unidade na última segunda-feira, dia 6, os profissionais envolvidos ainda estão afastados".

A prefeitura diz ter feito um remanejamento interno das equipes para que não haja interrupção nos atendimentos. "Além disso, se necessário, os usuários podem ser encaminhados para outras unidades de saúde".

Agressões
Segundo a PM, o caso de agressão ocorreu durante o atendimento de uma paciente, que ficou insatisfeita com o tempo de espera. Além disso, o médico teria escrito de forma errada o nome dela em uma receita. Ela ligou para o companheiro, um lutador de MMA, que foi ao local.

O homem agrediu o médico com socos e chutes. No momento em que tentavam socorrer o colega, outra profissional também foi agredida com um soco. Além disso, uma técnica de enfermagem chegou a bater a cabeça e teve um traumatismo leve. Os suspeitos ainda estão sendo procurados pela polícia.

*Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca

Leia mais:

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por