Aumento dos combustíveis

Para Pacheco, política de preços da Petrobras precisa considerar 'função social'

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
14/03/2022 às 17:16.
Atualizado em 14/03/2022 às 17:30
 (Fabio Rodrigues Pazzebom/ Agência Brasil)

(Fabio Rodrigues Pazzebom/ Agência Brasil)

O senador Rodrigo Pacheco (PSD) criticou, nesta segunda-feira (14), o aumento de preço dos combustíveis e disse que a Petrobras precisa cumprir sua “função social”. Segundo ele, a empresa tem lucros três vezes maiores que seus concorrentes, “mas isso não pode acontecer sob o sacrifício da população brasileira que abastece os seus veículos ou que precisa do transporte coletivo”, disse.

O Hoje em Dia questionou se Pacheco, presidente do Senado, é contra a política de preços da Petrobras. Porém, a assessoria do senador mineiro respondeu que “não se trata de ser contra ou a favor; a defesa é que a política de preços seja discutida, debatida, para que a empresa cumpra sua função pública”.

As declarações de Rodrigo Pacheco foram dadas após almoço realizado em Belo Horizonte nesta segunda-feira. Em entrevista após o evento, ele disse que “nós vamos buscar exigir da Petrobras a sua participação enquanto uma empresa que tem participação da União e que tem uma função social”.

Não é a primeira vez que o senador exige da empresa atenção à sua “função social”. Ainda em outubro de 2021, ao comentar outro aumento nos preços do combustível, o senador mineiro declarou que “a Petrobras pertence ao povo brasileiro e precisa dar a sua contrapartida de contribuição para a solução do problema dos combustíveis. Então, o papel da Petrobras enquanto uma empresa que deve cumprir uma função social também é fundamental".

Pacheco não foi o único a criticar o aumento da empresa neste momento. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), fizeram críticas à decisão da empresa.

O governo federal é o principal acionista da Petrobras e é o responsável por indicar a presidência da empresa, que é uma empresa de economia mista. Contudo, apesar das críticas recebidas dos políticos, a Petrobras não indica que irá alterar sua política de preços. 

No sábado (12), a empresa divulgou informações em sua página justificando o aumento e dizendo que o lucro de 2021, de R$ 106,6 bilhões, não foi tão alto quando comparado aos investimentos da empresa e que o aumento era necessário para garantir que não houvesse desabastecimento de combustíveis no Brasil.

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